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18 de fevereiro de 2024

A Fúria - Alex Michaelides

 


Esta é a história de um assassinato. Talvez isso não seja bem verdade. No fundo, é uma história de amor, não é?
Lana Farrar é uma ex-estrela de cinema reclusa e uma das mulheres mais famosas do mundo. Todos os anos, convida seus amigos mais próximos a fugir do clima inglês e passar a Páscoa em sua idílica ilha grega particular.
Você pode achar que conhece essa história. Provavelmente leu sobre isso na época – causou um verdadeiro rebuliço nos tabloides, se você bem se lembra. Tinha todos os ingredientes necessários para fazer a festa da imprensa: uma celebridade; uma ilha particular isolada pelo vento... e um assassinato.
Nós nos vimos presos lá durante a noite. Nossas velhas amizades ocultavam em si ódio e desejo de vingança. O que se seguiu foi um jogo de gato e rato – um duelo de inteligências, cheio de surpresas e reviravoltas, culminando num clímax inesquecível. A noite terminou em violência e morte.
Mas quem sou eu?
Meu nome é Elliot Chase, e vou contar uma história diferente de qualquer outra que você já ouviu.


RESENHA:
18/02/2024

Eu gostei muito de A Paciente Silenciosa, apesar de não ter entrado pros favoritos, mas ainda assim foi uma ótima leitura. As Musas eu abandonei pq não estava suportando a narrativa e em A Fúria decidi tirar a prova se devo ou não continuar lendo os livros desse autor, e definitivamente não.
A ideia é atrativa. Um pequeno grupo de amigos passando as férias numa ilha grega. Um deles morre, outro é o assassino.
No entanto, conforme eu ia lendo, percebi que tinha outra Musas na mão. A trama não desenvolvia e as tentativas de criar cenas tensas eram apenas um monte de bobagens. A maior parte do livro é constituída de narrativa, sem diálogos e sempre do ponto de vista do mesmo narrador que pra mim era desinteressante e cansativo.
Ideia boa. Desenvolvimento fraco.
O narrador conversa com o leitor e como ele mesmo não é nada confiável, te conduz a como reagir, ou pensar em determinadas situações. Detesto.
A trama "melhora" em 75%, que é quando ele realmente vai parar de enrolar e contar a estória real.
Não é surpresa nenhuma quem morre e muito menos quem é o assassino. Fiquei esperando a surpresa, o plot, mas não veio.
Os personagens são insuportáveis e se comportavam mais como adolescentes do que como adultos e alguns foram mal explorados.
Pra ser justa com o autor preciso dizer que esse não é meu estilo de narrativa. Contada em terceira pessoa seria melhor. Também fez falta outros pontos de vista para dar um alívio do narrador que não estava me agradando.
E no final eu não poderia me importar menos. Quem era o culpado, quem morria, já não fazia nenhuma diferença.
Eu só não abandonei o livro por que é uma leitura conjunta com a Mari e eu precisava chegar até o final para poder discutir com ela (apesar de termos feitos isso logo nos primeiros capítulos hahaha)
Enfim, eu não gostei mas não posso não recomendar por que como eu disse, não é um estilo que agrada a mim mas pode sim agradar você.

Nota: 2,5 ★


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6 de dezembro de 2023

A estranha Sally Diamond - Liz Nugent

 

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A estranha Sally Diamond é um suspense eletrizante sobre uma mulher enigmática obrigada a confrontar um passado do qual ela não tem nenhuma memória, mas cujas consequências são devastadoras. Liz Nugent apresenta um quebra-cabeça de atrocidades para contar uma história brutal e doentia e, ao mesmo tempo, hipnotizante.

Sally Diamond é uma mulher de poucas palavras e de poucos amigos. Ela mora numa casa isolada num vilarejo na Irlanda com o pai adotivo e não gosta muito de socializar. Segundo ele, a filha é ''desconectada emocionalmente''. A mente de Sally, apesar de funcionar perfeitamente bem, segue uma lógica muito particular. Ela não tem muitas recordações de quando era criança e leva à risca tudo o que escuta. E é por isso que não consegue entender por que o que fez com o corpo do pai, depois de encontrá-lo morto certa manhã, foi errado. ''Quando eu morrer, pode me jogar no lixo'', foi o que ele pediu.

Agora Sally não só é o assunto do momento no vilarejo, como o centro das atenções da imprensa e da polícia. Como se não bastasse toda essa confusão, ela encontra, no escritório do pai, três cartas escritas por ele contando a verdadeira história dela. E o que ela descobre é uma realidade extremamente cruel e violenta, capaz de causar danos irreparáveis em qualquer pessoa.

Porém, com a ajuda de novos amigos, Sally vai, aos poucos, entendendo que sua personalidade foi moldada nos horrores de sua infância. Até o dia em que recebe uma caixa pelo correio, vinda da Nova Zelândia. Dentro dela, há um ursinho de pelúcia, velho, sujo e esfarrapado, que ela reconhece imediatamente. Toby. Aquele brinquedo tinha nome. E era dela. Mas como Sally sabe disso? Quem está acompanhando seus passos do outro lado do mundo? Será que ela pode confiar em todos à sua volta? Por que o novo morador do vilarejo está tão obcecado por ela?

Em A estranha Sally Diamond, Liz Nugent explora os traumas, os conflitos e a idiossincrasias dos personagens para compor a personalidade singular de cada um deles, construindo assim uma narrativa dramática, permeada de suspense e mistério, na qual as revelações são feitas em momentos cruciais da trama. Uma história doentia e imprevisível, cujo quebra-cabeça de atrocidades é muito mais complexo do que se pode imaginar.


RESENHA:
06/12/2023

Antes de mais nada quero ressaltar que esse livro contêm cenas de abuso físico e mental, pedofili@ e violência física.
Mesmo quem não se incomoda com leituras assim, nem sempre o livro cai bem. Foi meu caso dessa vez, não é um tema que eu escolho ler mas esse eu não sabia quando comecei, então fica aqui meu alerta.
Disto isso, vamos à estória de Sally Diamond, uma mulher de pouco mais de 40 anos com sérias dificuldades sociais.
Não há um diagnóstico conclusivo para essa condição dela, mas ao longo do livro a autora vai detalhando essas peculiaridades de Sally. Como sua narrativa é em primeira pessoa, entramos na cabeça dela e sabemos exatamente o que ela pensa, como reage e se posiciona diante de situações consideradas normais para qualquer outra pessoa.
A Sally é uma personagem bem elaborada e muito interessante de acompanhar, ver sua transformação ao longo da estória é muito gratificante e a gente se pega torcendo muito por ela. Os poucos momentos de alívio cômico veio justamente dela, com sua sinceridade gritante.
Por outro lado, temos um outro narrador que é o responsável pela carga pesada do livro. Eu até cogitei em abandonar a leitura quando o personagem criança se mostra um protótipo de monstro.
Por pior que tenha sido a narrativa dele, não dá pra negar que foi a que mais prendeu a atenção. Aquela necessidade de saber como aquilo iria terminar, a torcida para a pessoa se dar muito, mas muito mal.
A escrita da autora é simples e prende demais a atenção. Não há "espaços vazios" durante a leitura. Ela está sempre apresentando algo para o leitor, seja com uma simples revelação ou uma conquista da Sally.

A estória é triste, pesada em vários momentos, aborda várias questões e comportamentos e fica aquela dúvida: Será que alguns traumas podem mesmo ser superados?
Um ponto negativo do livro e que pesou muito pra mim foi a maneira que a autora finalizou a estória. Eu entendo, é algo que acontece, mas depois de tudo que ela criou terminar assim deixou um gosto ruim. É como nadar e morrer na praia.
Se mesmo depois dessas ressalvas você perceber que esse é o tipo de livro que você gosta, recomendo muito a leitura. Mas fica aqui meu alerta de possíveis gatilhos.

Nota: 3,5 ★


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29 de novembro de 2023

Saving Noah - Lucinda Berry

 

Saving Noah, Lucinda Berry,

Perdoamos assassinos, não pedófilos.

Desde que Lionel Shriver nos trouxe Precisamos falar sobre Kevin, nenhum outro escritor se aprofundou nas complexidades de um relacionamento perturbado entre mãe e filho. Até agora.

Conheça Noah - um aluno com nota A, nadador premiado e estrela de uma pequena cidade destinada à grandeza. Não havia sinais de que algo estava errado até o dia em que ele confessou ter molestado meninas durante o treino da equipe de natação. 
Ele foi condenado a dezoito meses em um centro de reabilitação sexual juvenil.
Sua mãe, Adrianne, se recusa a virar as costas para ele, apesar de seus crimes horríveis, mas seu marido não permite que Noah volte para sua casa. 
Numa série de revelações chocantes e devastadoras, Adrianne é forçada a tomar a decisão mais difícil de sua vida. Até onde ela irá para proteger seu filho?

Saving Noah desafia tudo o que você pensa que sabe sobre agressores sexuais adolescentes. 
Isso o manterá acordado à noite, muito depois de ter lido a última página, questionando crenças que antes pensava serem verdadeiras.


RESENHA:
29/11/2023

Saving Noah é o livro mais difícil que já li até hoje. É pesado, devastador, intenso e muito real.
Acompanhar Adrienne e sua luta para ajudar seu filho, mesmo que isso a afaste de tudo e de todos, foi doloroso demais. E sozinha, pois nunca teve o apoio do marido, um cara que odiei com força.
A cada capítulo onde ela narra tudo pelo que sua família teve que passar desde a confissão de Noah, é simplesmente devastador.
Não sou de chorar lendo livros, mas nesse foi impossível. Não sei muito bem o que esperava quando comecei a ler, mas definitivamente não foi nada disso. A autora nos leva pra um caminho tão emocional, que é difícil pôr em palavras.
Não é um thriller. É um drama. Mas apesar do assunto extremamente difícil, Lucinda consegue escrever com delicadeza e sensibilidade. A intenção não é de chocar o leitor, mas mostrar uma triste realidade, já que ela é perita quando o assunto é trauma infantil.
Fiquei no chão com o final do livro. Além daquele desfecho que você já está esperando, tem uma revelação chocante que acaba mudando toda a estória.
É um livro extremamente curto para a carga que ele contêm.
Eu recomendo esse livro MAS alertando que contêm temas muitos sensíveis e não é para qualquer público por que pode sim desgraçar com o seu emocional. 
E pra quem é mãe, o peso é maior.

Nota: 5 ★


 Somente em inglês, gratuito no Unlimited até essa postagem.

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4 de junho de 2023

When You Disappeared - John Marrs

 

Quando Catherine acorda sozinha uma manhã, ela acha que o marido saiu para correr antes do trabalho. Mas Simon nunca chega ao escritório. Seus tênis de corrida estão na porta da frente. Nada está faltando - exceto ele.
Catherine sabe que Simon deve estar com problemas. Ele não a deixaria apenas. Ele não deixaria as crianças.
Mas Simon sabe a verdade - sobre por que ele saiu e o que fez. Ele sabe coisas sobre seu casamento que matariam Catherine se descobrisse. As memórias que ela guarda são mentiras.
Enquanto Catherine enfrenta uma nova realidade sombria em casa, Simon está no meio do mundo, vivo e prosperando. Ele está fazendo o que for preciso para ficar um passo à frente da verdade.
Mas ele não pode se esconder para sempre e quando reaparece vinte e cinco anos depois, Catherine finalmente descobrirá quem ele é.
E gostaria de ter ficado no escuro.

RESENHA:
04/06/2023

Quando Simon sai de casa pela manhã, Catherine acredita que ele foi caminhar como sempre fazia, mas então ela encontra seus tênis fora de casa e descobre que o marido não foi nem trabalhar.
Com o passar dos dias nenhuma pista é encontrada, Simon não deixou nenhum rastro para trás, nem mesmo que possa ter sido assassinado e então não demora muito para que o caso esfrie.
A trama se passa num período de 25 anos entre o desaparecimento de Simon e seu retorno após esse tempo.
A narrativa é intercalada no presente e no passado tanto por Catherine como Simon.
Vamos acompanhando tudo que ele fez nesse tempo que sumiu e Catherine fazendo de tudo para se reerguer após o sumiço do marido.
No presente, Simon aparece na casa que um dia morou e vai contar a Catherine o por quê dele ter desaparecido esse tempo todo - e tudo que ele fez.
A narrativa do passado de ambos eu realmente não achei nada demais. Catherine era apenas rotina e Simon era detestável. Nada poderia justificar suas ações. 
Mas ainda fiquei amarrada na trama para descobrir o quê poderia ter acontecido de tão grave para que ele fizesse tudo o que fez, mas só depois de 80% do livro é que o leitor vai descobrir.

Terminei esse livro chocada com esse final!
Não o considero como suspense, mas sim um drama familiar. Até por quê acompanhamos a vida de ambos o tempo todo e não há mistério até aí.
Quando ele conta o motivo eu logo pensei "não é possível que seja só isso?" mas aí o autor nos coloca dentro de uma estória tão chocante que foi impossível de largar.
Ambos personagens ficam impactados com o que cada um deles vai revelar.
Confesso que seria uma estória nota 3,5 se não fosse por esse final. E por ele valeu todo o resto do livro.

Nota: 4 ★

Adquira o livro Aqui - Gratuito no Unlimited até essa postagem.


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22 de março de 2023

O amor da minha vida - Rosie Walsh

 

O que você faria se descobrisse que a pessoa com quem se casou não é quem você achava que fosse? 

Em O amor da minha vida, Rosie Walsh, autora do best-seller Tudo aquilo que nos separa, nos apresenta uma história envolvente e cheia de mistérios que nos faz questionar se, em meio a tantas mentiras, pode existir um verdadeiro amor. 
Emma é apaixonada pelo marido, Leo, e pela filhinha deles, Ruby. Ela é capaz de fazer qualquer coisa pelos dois. Mas quase tudo que contou para eles sobre sua vida é mentira. 
E ela nunca seria desmascarada se não fosse pelo próprio marido. Leo é responsável por escrever obituários em um jornal e recebe a missão de redigir o pré-obituário da esposa, que é bióloga marinha e acabou ficando famosa por apresentar uma série na BBC.
Emma está doente, e os dois têm enfrentado momentos difíceis, então Leo encara a tarefa como uma oportunidade de celebrar a vida de sua companheira.
Porém, quando começa a pesquisar a fundo sobre a vida dela, descobre que a mulher que ele ama nunca existiu. Nem o nome dela é verdadeiro. 
Quando segredos obscuros do passado de Emma vêm à tona, ela percebe que precisa arrumar um jeito de provar para Leo que é de fato a pessoa que ele sempre pensou que ela fosse. 
Mas, antes de tudo, ela deve contar ao marido a verdade sobre o outro amor da sua vida.

RESENHA:
22/03/2023

Que livro mais lindo! Já li o outro da autora mas esse superou minhas expectativas! É emocionante e imprevisível!
A trama é dividida em três partes, alternadas pela narrativa de Leo e Emma.
A primeira parte foi bonita, interessante mas a segunda parte da estória me fez devorar o livro e claro, fez subir minha nota 🙂
Enquanto até então só tínhamos o presente do casal nos sendo mostrado, onde fui tirando minhas conclusões (e errando feio), a segunda parte trouxe todo o passado da Emma e aí sim temos uma visão geral do que aconteceu. Amei essa parte da trama!
A terceira e última parte nos traz a conclusão dessa estória tão linda como todo o resto do livro. 
Sem falar na narrativa impecável, sem artifícios para enrolar o leitor.
Eu me surpreendi com o quanto eu gostei dessa estória.
É uma romance contemporâneo, com drama (e gatilhos), e uma pitada de mistério. Uma combinação perfeita, recheada de mensagens e lições de vida.
Eu recomendo fortemente esse livro emocionante!

Nota: 5 ★

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18 de janeiro de 2023

Six Days - Dani Atkins

 

Duas pessoas. Uma história de amor. Seis dias.

Gemma sabe que ela e Finn estão destinados a ficarem juntos. Eles são almas gêmeas. Mas então, no dia do casamento, ele não chega à igreja.
Gemma está convencida de que Finn não a abandonaria assim, mesmo que ele tenha desaparecido uma vez antes. Mas naquela época ele tinha uma razão.
Ela tem certeza de que algo terrível aconteceu, mas ninguém mais está convencido. Mesmo a polícia não está preocupada, dizendo a Gemma que a maioria das pessoas que desaparecem geralmente aparecem em uma semana... supondo que elas queiram ser encontradas.
Nos próximos seis dias, Gemma procura por Finn freneticamente, mesmo que cada revelação chocante esteja dizendo a ela para desistir dele. Em pouco tempo, até ela começa a duvidar de suas próprias memórias de seu amor.

Por quanto tempo ela pode manter sua fé em Finn se todos estão dizendo a ela para deixá-lo ir?

RESENHA:
18/01/2023

Aqui nessa estória vamos acompanhar o desespero da Gemma em encontrar Finn à qualquer custo. Ainda que as pessoas falem dela pelas costas como a noiva abandonada, ela se recusa a acreditar que Finn faria isso com ela no dia do casamento.
Mas ela é a única a acreditar nisso e sua melhor amiga Hannah está sempre ao seu lado, mesmo não concordando com tudo que Gemma faz.

Li os três livros dela publicados aqui no Brasil e simplesmente amei. Esse não me surpreendeu ou me emocionou como os outros.
Não consegui gostar muito da Gemma e nem mesmo do Finn. A autora dá vários motivos para que a gente não goste dele.
Gemma cai de amores por Finn, mas por mais que eu tente procurar os motivos, não consigo encontrar um. Ela poderia ter desistido dele em várias ocasiões, mas parece que a última palavra era sempre dele. Parecia mais carência que amor.
Hannah é o tipo de amiga perfeita. Apoia sempre, mesmo quando discorda. Ela fala as verdades que Gemma precisa ouvir, tenta abrir os olhos da amiga sempre que tem oportunidade. Ela foi meu personagem preferido no livro :)
Fiquei super curiosa para saber o final do livro, o motivo do desaparecimento, mas não me impressionou e os livros da autora são famosos por seus finais bombásticos.
Apesar de não ter gostado tanto como imaginei, foi uma boa leitura. S
ou muito fã da autora e adoro as tramas que ela cria e adoro como ela constróis seus personagens. Quero ler tudo dela!

Nota: 3,5 ★

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1 de dezembro de 2022

A Menina No Escuro - Karen McQuestion

 

Você sabe quem são os seus vizinhos? 

Só um eclipse lunar faria Sharon sair para o quintal de sua casa naquela noite fria. A lua estava linda, mas o que realmente chamou sua atenção foi a silhueta de uma garotinha lavando a louça na casa vizinha.
Os Flemings não tinham filhos pequenos, mas a pergunta que se fazia era: por que alguém colocaria uma menina fazendo tarefas domésticas quase de madrugada?
Intrigada, Sharon se aproxima para fotografá-la, e acaba presenciando uma cena ainda mais perturbadora.
Ela tenta esquecer o que viu, mas sua mente cria várias teorias sobre o que teria acontecido naquela noite.
Em meio a um turbilhão de pensamentos, os dias passam e Sharon recebe em sua casa a visita de uma jovem de um abrigo.
Nikita, que cresceu em lares de acolhimento, logo se une às suspeitas de Sharon e juntas decidem investigar.
Então elas descobrem alguns segredos dos Flemings que as colocam numa rota de perigos que não seriam capazes de imaginar.

RESENHA:
01/12/2022

Quando Sharon sai de casa para fotografar a lua, ela vê uma menininha na janela da casa dos vizinhos. Mas os vizinhos não tem uma criança pequena, só um filho adolescente. Isso a deixa intrigada e ela deixa de lado por hora, até que recebe Nikki, uma jovem que precisa de abrigo temporário e Sharon conta o que viu pra ela.
A amizade entre as duas é imediata e juntas vão tentar descobrir o que se passa na casa ao lado.

A premissa desse livro é muito mais interessante do que a estória.
São vários narradores mas não temos nenhuma estória aprofundada. É apenas um resumo de cada um deles e eu até entenderia se tivéssemos ação na trama principal, que é a menina escondida na casa ao lado.
Porém quando entramos nessa estória, é tudo calmo, tranquilo, você vai lendo esperando que vai ter algum plot ou um momento chocante, mas não há nada ali.
Não é um thriller - longe disso -, tem um pouco de drama, mistério? Não há mistério, já sabemos logo no início o que aconteceu e prevemos como vai acabar.
Mas se você me perguntar se o achei ruim, não é, mas não é ótimo. Não é um livro que eu recomendaria pois não há nada nele que prenda, não tem ação, não tem mistério, não tem tensão.
Isso é mais um caso para o serviço social.
Não tem como esse livro surpreender o leitor.

Nota: 3 ★

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8 de outubro de 2022

Se você soubesse - Emily Elgar

 

A vida perfeita... ou a mentira perfeita?

Uma mulher em coma. Um homem que pode salvar a vida dela — se ao menos ele conseguisse falar.
Em Se você soubesse, a jovem e bela Cassie Jensen chega inconsciente ao hospital e a enfermeira Alice Marlowe sente uma conexão inexplicável com ela.
Cassie foi encontrada gravemente ferida em um riacho na beira da estrada, atropelada por um carro misterioso, e logo fica claro que ela guarda um segredo — um segredo que pode mudar tudo. Em pouco tempo, Alice se vê obcecada com o passado e o futuro de sua paciente, disposta a pôr a própria carreira em risco em sua busca obstinada por respostas.
Na mesma ala do hospital, Frank Ashcroft acabou de abrir os olhos após dois meses em coma. Apenas um reflexo, pensam os médicos, mas Alice está convencida de que o paciente percebe e entende o que está acontecendo ao redor.
Frank é a única testemunha das conversas entre as pessoas que visitam Cassie, as quais se comportam como se ele nem estivesse ali. E é assim que Frank reúne as peças do passado de Cassie e percebe que ela ainda está em perigo. Porque alguém próximo a ela seria capaz de qualquer coisa para esconder o que realmente aconteceu naquela noite à beira da estrada...
Conforme a narrativa se alterna entre esses três pontos de vista, o leitor vai chegando cada vez mais perto da verdade sobre quem é Cassie Jensen e por que ela estava no meio da estrada naquela noite fatídica.

RESENHA:
08/10/2022

Se você soubesse é um drama que será narrado por três personagens diferentes.
Alice é enfermeira da ala de pacientes em coma. Ela é extremamente carinhosa e dedicada aos seus pacientes e se apega muito a eles. Ela conta detalhes e segredos de sua vida que não compartilha com mais ninguém, principalmente com Frank. 
Frank está em coma há dois meses e acaba de abrir os olhos. Alice acredita que os pacientes em coma possam ouvir tudo à sua volta e por isso ela sempre tem o cuidado do que falar perto deles.
E ela está certa. Frank consegue ouvir tudo que é dito na ala, principalmente o que falam na cama ao lado. E ele vai descobrir segredos e percebe que a jovem ao seu lado ainda corre perigo.
A jovem é Cassie, recém casada, chegou com trauma após ser atropelada e o responsável fugiu. Agora ela também está em coma e recebe visitas constantes do marido, da sogra e da amiga.
A narrativa dela é no passado até o dia o dia do acidente.

Essas três narrativas não deixam que a leitura fique cansativa. Teremos estórias diferentes de cada um, particularidades de suas vidas e as batalhas de cada um deles.
Alice tem dificuldades de engravidar e precisa lidar com suas perdas mas ainda assim é uma mulher dedicada ao que faz. É ela que vai atrás de saber mais sobre o atropelamento da Cassie, mesmo que isso coloque seu emprego em risco.
É de Frank, sem dúvidas, a narrativa mais triste. Sua condição atual é narrada com detalhes, a tristeza de estar preso num corpo que não responde e a agonia de querer ajudar a Cassie e não poder falar.
Ainda que tenha um mistério envolvendo o atropelamento da Cassie, o livro não é um thriller como foi apresentado. 
Eu gostei da trama mesmo sendo muito previsível, mas acredito que o foco sejam os dramas vividos pelos personagens. 
É um livro que me deixou triste, com uma sensação de aperto no coração.

Nota: 4 ★

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10 de abril de 2022

O Perfume, História de um Assassino - Patrick Süskind

 



França, século XVIII. O recém-nascido Jean-Baptiste Grenouille é abandonado pela mãe junto a restos de peixes em um mercado parisiense.
Rejeitado também pela natureza, que lhe negou o direito de exalar o cheiro característico dos seres humanos, pelas amas-de-leite e por instituições religiosas, o menino Grenouille cresce sobrevivendo ao repúdio, a acidentes e doenças.
Ainda jovem descobre ser dotado de imensa sensibilidade olfativa e parte em busca da essência perfeita, do perfume que lhe falta para seduzir e dominar qualquer pessoa.
Nessa busca obsessiva, ele usurpa a essência dos corpos de suas vítimas.



RESENHA:
09/03/2022

Não é uma estória sobre assassinato mas sim sobre o assassino. Narrativa minuciosa e descritiva da vida do jovem Grenouille e sua busca obsessiva pela essência perfeita.

Não há como negar o valor real dessa obra, a maestria com que o autor consegue descrever cheiros  e sensações. Porém não é um livro que me agradou. Achei a narrativa cansativa em muitas partes do livro e o final corrido. 
Muita gente pode se incomodar com cenas grotescas e nojentas, mas não me causou esse tipo de repulsa.
É o velho "Não é você, sou eu". O livro é bom, mas eu não curto esse tipo de narrativa. 
O autor se preocupa muito nas descrições mas faltou enredo e foi por isso que o livro não me envolveu.
Vale a pena conhecer estória e tirar as próprias conclusões. Eu já conhecia por causa do filme mas tinha interesse em conhecer o livro.
Obs* Apesar de ter o livro em papel, acabei optando pelo audiobook disponível no youtube.

"Leitura feita em conjunto com grupo organizado pela Ju Oliveira e Livros de Suspense".

Nota: 3,5 ★

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11 de dezembro de 2021

Mentiras e desejos - Janelle Brown


Duas mulheres e o golpe que vai mudar seu destino.

Vanessa sempre teve o mundo a seus pés, graças à riqueza da família e à fama de influencer no Instagram. Nina, por outro lado, sempre teve que lutar para sobreviver, crescendo com o que a mãe faturava em pequenos golpes. Mas existe algo que as une: Stonehaven ― a extensa propriedade da família de Vanessa, onde Nina viveu muitas alegrias na adolescência, mas também sofreu abalos que selariam o seu destino. Quando Vanessa regressa à mansão após romper um relacionamento, Nina segue seu rastro em busca de dinheiro e vingança, pondo em prática o grande golpe que planejou cuidadosamente por muito tempo. Mas será que Nina também não vai se tornar vítima de suas próprias mentiras e desejos, colocando em xeque suas mais enraizadas convicções mesmo sem perceber? Agora, uma teia de segredos, decepção e morte está prestes a ser revelada.


RESENHA:
11/12/2021

Achei difícil escrever uma resenha para esse livro. Na verdade ela ficou bem melhor na minha cabeça rsrs mas vamos lá, vou tentar.

Nina é uma golpista, assim como sua mãe. Quando a mãe adoece e os custos do tratamento são altos demais para pagar, ela planeja dar o maior golpe da sua vida. Junto com seu namorado Lachlan, eles alugam o chalé da propriedade de Vanessa, que é o alvo deles.
No passado, Nina e sua mãe foram embora da cidade por algo que envolveu a família da Vanessa e agora ela vê a oportunidade de se vingar.
Vanessa é influencer digital. Seus posts sobre roupa e viagens arrastam milhares de seguidores mas a exposição excessiva de sua vida vai acabar com seu relacionamento. Ela então decide dar um tempo das redes sociais e volta pra sua mansão no lago Tahoe.
Assim que aluga o chalé do caseiro para um jovem casal, ela logo se afeiçoa a eles. Os dois aparentam ser ótimas pessoas, divertidas e tiram Vanessa da solidão que ela vem sentindo. 
Com capítulos alternados, Nina e Vanessa vão nos contar suas estórias. Vamos conhecer o passado de cada uma e no presente quando elas se conhecem, teremos a mesma situação contada por dois pontos de vistas diferentes.
Como a estória envolve muito os pensamentos de cada uma, n
em sempre aquilo que uma está narrando é de fato verdade absoluta. É muito sobre as impressões que elas tiram daquela situação. 

A narrativa é longa e lenta, mas não é ruim de maneira alguma. O livro tem quase 500 páginas que é muito para um thriller psicológico, mas tem mais a ver com o drama de cada personagem do que o thriller propriamente dito.
Foi algo que eu não esperava, imaginei que fosse mais focado na vingança da Nina, mas quando você começa conhecer a Vanessa a estória toma um novo rumo.
Eu gostei muito do livro, da escrita da autora também. É envolvente e apesar de ser repetitivas algumas vezes, não se tornou monótona.
Como eu não vi nenhuma resenha, li sem nenhuma influência e sem esperar muito do livro.
Não tem grandes revelações, nem plots surpreendentes e um final confortável para a autora, mas eu gostei mesmo assim. Não dá pra falar muito da trama sem revelar demais.
Recomendo sim, ainda mais para quem curte um "thriller dramático".

Nota: 4,5 ★

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4 de novembro de 2021

Antes que você saiba meu nome - Jacqueline Bublitz

 


Quando Alice Lee chegou a Nova York aos 18 anos, com apenas 600 dólares e uma câmera furtada, ela estava procurando por um novo começo.
Um mês depois, Alice se torna mais uma vítima de assassinato que não pôde ser identificada.
Ruby Jones também está tentando recomeçar depois de um relacionamento conturbado.
Ela atravessou o mundo em busca de paz, de uma nova oportunidade… até que encontra o corpo de Alice às margens do rio Hudson. 

A partir desse encontro, as duas mulheres formam um vínculo inquebrável.
Alice tem certeza de que Ruby é a chave para resolver o mistério sobre como tudo aconteceu.
Ruby, lutando para esquecer a tragédia que presenciou, se recusa a deixar Alice ir... pelo menos até que ela tenha a oportunidade de contar a própria história.

RESENHA:
04/11/2021

Antes que você saiba meu nome vai contar a estória de Alice Lee, uma jovem de 18 anos que é assassinada pouco tempo depois de chegar a Nova Iorque e sua conexão com Ruby, uma mulher de 36 anos que chega na cidade no mesmo dia.
As duas mulheres nunca se encontram de fato. Quando Ruby sai para fazer sua caminhada matinal, é ela quem encontra o corpo da Alice. Assim que percebe que a jovem está morta, imediatamente chama a polícia.
Durante semanas a identidade de Alice é desconhecida, já que ela havia acabado de chegar na cidade e não conhecia (quase) ninguém.
Ruby fica totalmente envolvida nesse crime e não consegue se desligar de Alice. Quando ela procura ajuda numa terapia em grupo, conhece uma outra mulher que vai se tornar sua amiga. Logo ela a apresenta a um pequeno grupo que se reúne para discutir casos não resolvidos.
O diferencial aqui é que a trama será contada pela própria Alice, uma narradora póstuma.
É ela quem vai contar sua estória - o que a leva a sair de sua cidade - e também vai narrar uma parte da vida de Ruby, já que ela vai acompanhar a mulher até que ela chegue ao assassino.
Em alguns momentos a narrativa muda para terceira pessoa para contar sobre a vida de Ruby antes de chegar à cidade e essas mudanças de narrativa ficaram um pouco confusas.

Eu esperava algo diferente do que encontrei aqui. Algo mais para o lado investigativo, mas certamente nada parecido com essa narrativa dramática, além morte.
A estória gira em torno da vida das personagens, muito melancólico, poucos diálogos e muita divagação.
A Ruby é um porre de aguentar, cheia de auto piedade, sem ânimo pra nada. Alice Lee era cheia de vida, cheia de planos e era a parte mais interessante de acompanhar.
Apesar do estilo não ter me conquistado por causa do excesso, devo acrescentar que o assunto abordado pela autora é extremamente importante e muito oportuno. 
Se você procura algo com ritmo acelerado, certamente esse não é o livro. A capa é divina, ele foi muito bem avaliado (portanto recomendo sim a leitura) mas infelizmente não me prendeu.

Nota: 3,5

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12 de junho de 2021

Entrelaçadas - Kanae Minato

 


Três muheres. Uma morte misteriosa. Um segredo em comum.

Rika, Miyuki e Satsuki estão entrelaçadas como em um bonito arranjo de flores – suas particularidades formam um mosaico de cores e detalhes diversos. Aos poucos, somos envolvidos por suas histórias e seus dramas, que enredam uma trama de mistérios herdada por gerações.

Entrelaçadas conta a história dessas três mulheres. Uma narrativa fascinante que revela como o tempo e o silêncio podem encobrir segredos do passado. De forma magistral, Kanae Minato constrói delicadamente um paralelo entre personagens e flores, imergindo os leitores em um cenário envolvente ao oferecer um retrato emocionante e verdadeiro da realidade das mulheres e das famílias japonesas.


RESENHA:
12/06/2021

Entrelaçadas é o terceiro livro da Kanae Minato lançado no Brasil mas diferente dos anteriores não é um livro de suspense como foi divulgado, o que contribuiu pra minha decepção com a trama que encontrei.
Não me entendam mal, não é um livro ruim, porém não faz juz ao gênero suspense. É um drama envolvendo 3 mulheres que a princípio não tem relação uma com a outra.

O livro tem poucas páginas e a estória será contada em capítulos curtos e alternados, através das narradoras Rika, Miyuki e Satsuki. 
Cada uma delas vai falar um pouco de si mesma e contar sobre seu dia a dia. Rika vive com a avó doente e acabou de perder o emprego de professora, Miyuki é recém casada e seu marido está ingressando numa nova carreira e Satsuki vive com a mãe e dá aulas de pintura.
Minha maior dificuldade durante a leitura foi guardar os nomes dos personagens, precisei marcar separado num papel para poder relacioná-los.
A rotina delas não foi algo que prendeu minha atenção e por isso foi um livro que custei a terminar mesmo sendo tão curtinho.
O desenrolar da trama, onde as vidas delas começam a se conectar demorou para acontecer mas foi muito bem desenvolvido. Adorei como a autora criou esse núcleo e os amarrou perfeitamente.
Sobre a escrita da autora, é algo indiscutível! Perfeita e maravilhosa, rica até mesmo nos momentos em que a estória é parada.
Recomendo a leitura, porém já comecem sabendo que não se trata de um suspense esmagador como Confissões e Penitência.

Nota: 3,5 ★

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19 de abril de 2021

Um Apartamento em Paris - Guillaume Musso

 

A arte é uma mentira que diz a verdade.

Paris, um ateliê escondido no fundo de uma alameda sem saída.

Madeline – uma jovem policial inglesa – alugou-o para descansar e se isolar do mundo. Ela chega numa tarde chuvosa. Logo após se instalar no tão sonhado refúgio parisiense, tem uma enorme surpresa: há um homem no apartamento. Eles se encontram, perplexos. Ela, recém-saída do banho, seminua enrolada numa toalha. Ele, desconcertado e furioso, chama-se Gaspar, um escritor americano solitário e mal-humorado que decidira recorrer à solidão em Paris para escrever. Um erro da imobiliária faz com que essas duas pessoas completamente diferentes sejam obrigadas a coabitar por alguns dias.

O ateliê havia pertencido ao célebre pintor Sean Lorenz e ainda mantém a magia de um verdadeiro templo onde foram criadas obras de arte inesquecíveis e cobiçadas pelo mercado internacional, inclusive três quadros que desapareceram misteriosamente após a morte do pintor, ocorrida um ano após o assassinato de seu filho.

Fascinados pelo gênio do pintor, Madeline e Gaspar decidem unir forças para tentar recuperar as telas, reputadas como extraordinárias. Mas para isso eles vão ter que enfrentar seus próprios demônios, numa investigação dramática que vai transformar suas vidas para sempre.

RESENHA:
19/04/2021

Uma história eletrizante?? Não mesmo!
Após meses de leitura arrastada, enfim terminei esse livro. Eu já teria abandonado nas 50 primeiras páginas mas insisti porque já li outro livro do autor e gostei bastante e acreditei que no final valeria a pena, mas não valeu.

Aqui temos dois protagonistas que por um erro da agência, acabam alugando o mesmo ateliê que foi de um pintor famoso. Como esperado, eles se recusam a dividir o mesmo espaço, reclamam, porém não há o que fazer a menos que um deles resolva sair, mas nenhum quer ceder.
Separadamente à principio, eles começam a descobrir mais sobre a vida do artista, suas obras, sua fama e as tragédias que assolaram sua vida.
Em certo ponto da estória, os dois vão reunir as informações que obtiveram e começar a investigar sobre o pintor. Duas de suas obras que valem um fortuna que estão desaparecidas e o que aconteceu com o filho desse pintor são as motivações para os dois bancarem detetives.
Gaspar é um escritor de peças teatrais, alcoólatra, que odeia o mundo e as tecnologias. Madeline é uma ex policial com tendências suicidas por que a vida não está sendo legal com ela e ambos são intragáveis.

Vou ser bem sincera: Eu detestei os personagens e detestei a narrativa cheia de referências a obras, poemas, textos.... Eu esquecia deles assim que acabava de ler.
Detestei a maneira que o autor conduziu a trama que até teria sido interessante se não fosse esses excessos. Tudo demora demais pra acontecer, até mesmo um diálogo que sempre é interrompido pelas descrições minuciosas do autor.
O grande problema aqui pra mim foi esse. Eu não gosto desse tipo de narrativa, tenho a impressão que o autor quer encher a trama por que não tem material suficiente para prosseguir.
Um dos "mistérios" se resolve logo na metade do livro mas a trama mesmo só desenrola nas 50 últimas páginas e que aliás não me surpreendeu nada. Foi resolvido de qualquer maneira, tudo dando certinho demais para duas pessoas que conseguiram a façanha que nenhum outro policial conseguiu antes.

Enfim, um livro que não me acrescentou em nada, não me surpreendeu em nada e que eu não indicaria para um amigo. Mas quem gosta desse tipo de narrativa pode curtir mais que eu.

Nota: 2. 5 ★

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26 de janeiro de 2021

O que Alice esqueceu - Liane Moriarty

 


Alice tinha certeza de que era feliz: aos 29 anos, casada com Nick, um marido lindo e amoroso, aguardando o nascimento do primeiro filho rodeada pela linda família formada por sua irmã, a mãe atenciosa e a avó. Mas tudo parece ir por água abaixo quando ela acorda no chão da academia... dez anos depois!  

Enquanto tenta descobrir o que aconteceu nesse período, Alice percebe que se tornou alguém muito diferente: uma pessoa que não tem quase nada em comum com quem ela era na juventude e, pior, de quem ela não gosta nem um pouco.  

Ao retratar a vida doméstica moderna provocando no leitor muitas risadas e surpresas, Liane Moriarty constrói uma narrativa ao mesmo tempo ágil e leve sobre recomeços, o que queremos lembrar e o que nos esforçamos para esquecer.


RESENHA:
26/01/2021

O que Alice esqueceu é o quarto livro da autora que eu leio, que tem uma característica muito particular nas suas narrativas. Toda a construção dos conflitos familiares com um mistério de plano de fundo, marca sua escrita.
Nessa trama o mistério não é tão grande como nos outros livros, assim como os conflitos vivenciados pela protagonista.

Alice sofre uma queda na academia e quando acorda não se lembra de absolutamente nada dos últimos dez anos. A princípio sua maior preocupação é com sua gravidez ainda no começo e por isso tem dificuldades em acreditar que está 10 anos mais velha, com 3 filhos e em fase de divórcio.
O que aconteceu com seu casamento feliz? E como voltar para casa e cuidar de crianças que ela nem conhece?
A leitura fluiu muito bem no início, onde eu devorava as páginas movida pela curiosidade em saber o que se passou na vida da Alice nesses anos todos.
Porém, conforme a trama avançava, percebia que os conflitos da personagem não eram tão interessantes a ponto de me manter presa na leitura como no início.
Uma coisa que me incomodou demais foi as interrupções nas horas mais importantes da estória. Sei que isso é um recurso do autor para despertar a curiosidade mas criado em demasia irrita e foi isso o que aconteceu aqui. Sempre que a Alice tinha alguma dúvida sobre sua vida, as pessoas ou se recusavam a responder ou a resposta não chegava por que alguém interrompia.
Alice perdeu a memória, não se lembra dos filhos, o marido que ela tinha adoração agora a odeia e ela é largada sozinha em casa. Sem ajuda, sem nem mesmo voltar ao médico. Ela continua levando a vida, com suas rotinas no modo automático, como se nada tivesse acontecido.
As crianças parecem adultos conversando, salvo a menorzinha que era uma graça.
A escrita da autora é perfeita, isso é incontestável, mas a estória foi fraca na minha opinião tanto que teremos mais duas narrativas para criar conteúdo. Só o drama de Alice não se sustenta. Quando tudo se revela não há surpresa, não teve nada que impactasse e ainda por cima um epílogo que achei totalmente desnecessário. 
Mas o livro não é ruim. Gosto do modo de escrita dela e a parte do diário da irmã, onde ela é 100% sincera nos seus sentimentos e expõe seus problemas pra mim foi o ponto alto da estória. A irmã sim teve dramas suficientes, muito mais difíceis de lidar que os da própria Alice.

Enfim, todo livro de Liane Moriarty é bem vindo, mas esse não supera "Pequenas grandes Mentiras" e "O segredo do meu marido".

Nota: 3,5 

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28 de outubro de 2020

A Última testemunha - Liv Constantine

 

Um mundo de riqueza e privilégios esconde um assassino… 

A dra. Kate English tem tudo que pode desejar: um marido lindo, uma filha adorável, uma carreira bem-sucedida e uma mansão esplêndida, além de ser herdeira de uma grande fortuna. No entanto, tudo muda quando sua mãe, Lily, é encontrada morta na própria casa. Desolada, Kate procura a melhor amiga de infância, Blaire Barrington, que, mesmo após tantos anos sem contato, corre para ficar ao seu lado no funeral. Mas naquela mesma noite o luto de Kate se transforma em horror, quando recebe uma mensagem anônima a ameaçando de morte. Mais do que nunca, ela precisa de ajuda.
Quando a amiga decide investigar sozinha a situação, fica claro que nem tudo é o que parece na alta sociedade de Baltimore. À medida que infidelidades, mentiras e traições vêm à tona, a tensão se torna cada vez maior, enquanto Blaire perturba amigos e parentes de Kate com suas incansáveis perguntas, tentando encontrar o assassino. O culpado pode ser qualquer um — amigo, vizinho ou ente querido —, mas, independentemente de quem for, está claro que Kate é a próxima de sua lista... 

Em A última testemunha, Liv Constantine cria uma narrativa de suspense psicológico repleta de tensão, na qual vidas inocentes — e a sanidade de uma mulher — estão em jogo.

RESENHA:
28/10/2020

Depois de ler "A Outra sra. Parrish" — e ter favoritado — fiquei cheia de expectativas para um próximo livro das autoras e mal pude acreditar quando finalmente "A última testemunha" chegou ao Brasil.
Com a mesma agilidade, a escrita envolve o leitor desde as primeiras páginas, quando um terrível assassinato abala uma família de alta classe.
Lily, esposa e mãe maravilhosa, que dedicava sua vida à filantropia, foi brutalmente assassinada dentro de casa.
Após 15 anos afastadas, Blaire - ex melhor amiga de Kate - reaparece no funeral. Desde a briga que tiveram no dia do casamento de Kate, elas nunca mais se falaram. Agora, Blaire vai ajudar a amiga a descobrir quem matou Lily, a mulher que ela tinha como mãe.
O ritmo investigativo aqui é lento por que o foco da estória não é esse e sim os conflitos dos personagens, romances desfeitos, tragédias e dramas familiares.
Uma trama repleta de segredos e mentiras que vão se desdobrando entre os capítulos curtos, narrados em terceira pessoa por Kate e Blaire.
Alguns flashes do passado vão compor a estória que leva à um final com várias surpresas e muito bem amarrado. Todas as perguntas que surgiram durante a leitura foram respondidas.
Eu acertei o culpado mas a trama tem muito mais questões que essa e eu não contava com isso.
Eu gostei muito desse livro. Os personagens nem sempre são o que parecem e isso deixou tudo mais interessante. Alguns a gente odeia, mas adorar mesmo... nenhum deles.
O livro foi bem diferente do anterior, esse me lembrou os da Liane Moriarty, e adorei conhecer esse outro estilo delas.
Com certeza vou acompanhar tudo que elas lançarem. Super recomendo!

Nota: 4 ★

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3 de setembro de 2020

What Lies Between Us - John Marrs

 


Nina nunca pode perdoar Maggie pelo que ela fez. E ela nunca pode deixá-la partir.

Dizem que cada casa tem seus segredos, e a casa que Maggie e Nina compartilharam por tanto tempo não é diferente. Exceto que esses segredos não estão enterrados no passado.
Todas as noites, Maggie e Nina jantam juntas. Quando terminam, Nina ajuda Maggie a voltar para seu quarto no sótão e para a pesada corrente que a mantém lá. Porque Maggie fez coisas com Nina que não podem ser perdoadas, e agora ela está pagando o preço.
Mas há muitas coisas sobre o passado que Nina não sabe, e Maggie vai mantê-lo assim - mesmo que isso a mate.

Porque nesta casa, a verdade é mais perigosa do que mentiras.



RESENHA:
03/09/2020

Maggie e Nina são mãe e filha e vivem sozinhas.
Nina tem 38 anos e trabalha na biblioteca da cidade enquanto mantém sua mãe de 68 anos presa em uma corrente no sótão.
Há dois anos nem os amigos e nem os vizinhos têm visto Maggie. Eles pensam que ela sofreu de demência e precisou morar longe, isso foi o que Nina disse à eles. A única que olha Nina com desconfiança é Elsie, uma das vizinhas amiga de sua mãe.
Maggie olha a rua pela janela do sótão, mas ninguém pode vê la ou ouvi-la e suas chances de sair de lá são mínimas.
O que aconteceu na vida delas para que chegasse à isso?

Com narrativas em primeira pessoa das duas, entre passado e presente, vamos conhecer toda a estória delas.
A trama é totalmente psicológica, no entanto, quanto mais adentramos na vida das personagens mais conhecemos seus dramas e se preparem pois são muitos! Fiquei e vidrada e viciada nessa estória de passado e presente repletos de mentiras, traições, vinganças e até mortes.
Eu odiei e senti pena de cada uma delas, quanto mais eu lia mais era claro que as motivações para fazer o que faziam iam dar nos piores resultados.
Não dá pra parar de ler. Nem dá pra falar da estória que foi tão profunda, a dor delas tão real que difícil acreditar se tratar de ficção.
Chocada com o que esse autor criou. Nem novela vicia tanto como essa estória de amor e ódio.
A estória tem vários plots que o autor revela ao longo do livro, felizmente ele não deixa tudo por final.
Só não favoritei por causa do finalzinho, mesmo que ela seja super aceitável, eu ainda queria que tivesse sido diferente.
Mas engole o choro e aceite, se quiser melhor eu que crie a minha hahaha
Essas editoras estão dormindo no ponto com tanto thriller que tem e poderia ser lançado aqui.
Super, super recomendo! Nota máxima!

Nota: 5 ★

Se tiver interesse no livro (apenas em inglês), está gratuito no Unlimited Aqui


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7 de julho de 2020

Tudo que a gente sempre quis - Emily Giffin


Casada com um membro da elite de Nashville, Nina Browning leva a vida com que sempre sonhou. Recentemente, o marido ganhou uma fortuna vendendo seu negócio de tecnologia e o filho adorado foi aceito em Princeton. No entanto, às vezes Nina se pergunta se ela se afastou dos valores com que foi criada em sua pequena cidade natal.
Tom Volpe é um pai separado que se divide entre vários empregos para criar a filha, Lyla. Ele finalmente começa a relaxar depois que a menina ganha uma bolsa de estudos na escola de maior prestígio de Nashville.
Filha de uma brasileira e de origem menos abastada, Lyla nem sempre se encaixa em meio a tanta riqueza e privilégios, mas, na maioria das vezes, ela é uma adolescente típica e feliz.
Então uma fotografia, tirada em um momento de embriaguez em uma festa, muda tudo. À medida que a imagem se espalha, as opiniões da comunidade se dividem.
No centro das mentiras e do escândalo, Tom, Nina e Lyla são forçados a questionar seus relacionamentos mais íntimos, percebendo que tudo que sempre quiseram talvez não fosse tão perfeito assim.

RESENHA:
07/07/2020


O livro vai contar a mesma trama sob três pontos de vista diferentes: Nina, esposa e mãe dedicada que preenche seus dias com trabalhos de caridade e que mesmo com uma vida cheia de privilégios, não perdeu sua essência amorosa e pé no chão. Ela é mãe de Finch, um jovem que acaba de ser aceito numa das melhores universidades do país e que é só motivo de orgulho para os pais.
Tom, pai solteiro e amoroso, marceneiro, dedicado à filha única, com toda preocupação e excessos de cuidados que pai de uma jovem de 16 anos pode ter. 
E por fim, Lyla, a filha de Tom. Estudante bolsista num nos melhores colégios particulares de Nashville, que além de enfrentar as diferenças sociais, ainda precisa lidar com todos os tipos de problemas, incluindo bulling, assédio e racismo.
Depois de uma noite em que Lyla e Finch se envolvem num escândalo, as duas famílias terão suas vidas expostas e isso fará com que Tom e Nina repensem sobre a criação de seus filhos.
Tanto para Tom quanto para Nina, o comportamento dos filhos é inaceitável e ambos não vão medir esforços para proteger e defendê-los.

Eu adorei a escrita da Emily Giffin. Achei muito objetiva e as narrativas em primeira pessoa, divididas em capítulos curtos, contribuíram para me envolver na trama. Quanto mais eu lia, mas queria saber o futuro de cada personagem. 
Quanto à exposição da Lyla logo no começo no livro, foi algo que se estendeu por toda a trama. Tive vários palpites, mudava de opinião muitas vezes, mas no final não surpreendeu justamente por ser uma das opções que surgiram.
Mas o que me fez tirar uma estrela da nota foi o final abrupto, sem o desfecho que ansiei durante a leitura. E então a autora colocou um epílogo para fazer um resumão e isso me desanimou totalmente.
A autora também aborda temas importantíssimos como racismo, bulling, assédio sexual, alcoolismo e suicídio e não se aprofunda em nenhum. Foi muito raso e superficial.
Algumas questões precisavam de uma explicação, nada que mudasse esse ou aquele personagem por que nessa altura todos estavam com seu caráter exposto, mas que fez falta no final das contas.

No geral foi uma ótima leitura, as últimas cem páginas foram frenéticas, ainda que o final tenha me decepcionado. 
Quero ler mais livros da autora, futuramente.

Nota: 4 ★

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31 de março de 2020

O Livro dos Baltimore - Joël Dicker


Marcus Goldman teve uma juventude inesquecível em Baltimore, ao lado dos primos e dos tios, a parte bem-sucedida de sua família e que ele tanto admirava.
Mas a felicidade aparente não condizia com a realidade e o dia do Drama marcou o destino fatídico e inesperado de todos aqueles que ele mais amava.  Oito anos depois, Marcus ainda tenta montar o quebra-cabeça do Drama, lidar com as consequências e entender o que aconteceu. Desencavando o passado, reacendendo paixões e desvendando mistérios, ele decide escrever o próximo romance sobre sua família, numa tentativa de se libertar de antigos ressentimentos e redimir aqueles que foram punidos pelos infortúnios da vida.
Rivalidade, traição, sucesso, paixão e inveja: abordando temas presentes na vida de todos nós, Joël Dicker constrói brilhantemente o retrato de uma juventude, destacando a força do destino e a fragilidade de nossas maiores conquistas.

Neste livro, Joël Dicker revisita seu mais emblemático personagem, Marcus Goldman, protagonista de A verdade sobre o caso Harry Quebert, best-seller mundial.

RESENHA:
31/03/2020

Eis que faltando 3 dias para terminar o mês eu pego um livro de 418 páginas para finalizar com calma no início do mês seguinte e simplesmente não consegui mais parar de ler.
Eu vivi e respirei esse livro nesses últimos três dias, tão vidrada que fiquei na vida dos Baltimore.
Pensei que se tratasse de um thriller, mas a trama é sobre romance, drama, traições, mentiras e principalmente mal entendidos e não me decepcionou em nenhum momento.

A estória é contada por Marcus Goldman, o primo que mora distante de Baltimore. É ele que vai narrar todos os acontecimentos (e são muitos) que envolvem a família, tudo que ele viveu com eles desde a infância até a fase adulta e tudo que ele ficou sabendo depois. Marcus vai juntar todas as situações vividas em tempos alternados, hora no presente, ora no passado, sem seguir um percurso linear e revelar todas as tragédias de sua família. Mesmo com todas essas alternâncias de tempo não dá pra se perder, pois o autor tem uma maneira muito simples e envolvente de te colocar à par dos acontecimentos.
Me deleitei com os dramas vividos pela família, me envolvi totalmente na escrita do autor, como se ele estivesse contando sua estória particularmente para mim.

Se Joel Dicker já havia me conquistado com O Desaparecimento de Stephanie Mailer e A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert, agora posso dizer com toda certeza que ele ganhou mais uma fã.
Super recomendo!

Nota: 5 ★

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8 de agosto de 2019

Um lugar bem longe daqui - Delia Owens


Por anos, boatos sobre Kya Clark, a “Menina do Brejo”, assombraram Barkley Cove, uma calma cidade costeira da Carolina do Norte. Ela, no entanto, não é o que todos dizem. Sensata e inteligente, Kya sobreviveu por anos sozinha no pântano que chama de lar, tendo as gaivotas como amigas e a areia como professora. Abandonada pela mãe, que não conseguiu suportar o marido abusivo e alcoólatra, e depois pelos irmãos, a menina viveu algum tempo na companhia negligente e por vezes brutal do pai, que acabou também por deixá-la.  Anos depois, quando dois jovens da cidade ficam intrigados com sua beleza selvagem, Kya se permite experimentar uma nova vida — até que o impensável acontece e um deles é encontrado morto.  Ao mesmo tempo uma ode à natureza, um emocionante romance de formação e uma surpreendente história de mistério, Um Lugar Bem Longe Daqui relembra que somos moldados pela criança que fomos um dia e que estamos todos sujeitos à beleza e à violência dos segredos que a natureza guarda.

 A obra foi incluída no clube de livros de Reese Witherspoon, que posteriormente adquiriu os direitos de adaptação cinematográfica e vai produzir o filme com a Fox 2000.

RESENHA:
08/08/2019

Kya é a mais nova dos cinco filhos de Pa e Ma que vê um a um de sua família ir embora, até não sobrar mais ninguém.
Com apenas 6 anos ficou sozinha com o pai - um ex combatente de guerra - que passa dias fora de casa bebendo e apostando o pouco que ganha e à partir desse momento é que Kya passa a aprender como se virar para comer, até que por fim é abandonada também por ele.
A família sempre viveu no brejo e eram mal vistos pelo pessoal da cidade, chamados de lixo.
Durante seu isolamento ela aprende tudo à sua volta sobre a natureza e os animais. De uma inteligência fora do normal, seu conhecimento da vida selvagem vai definir quem ela é, mesmo que ainda seja excluída pela sociedade.
A estória se passa no começo da década de 50, alternando com acontecimentos do final da década de 60. A narrativa é em terceira pessoa contando a vida e a luta pela sobrevivência da Kya e no futuro com o inquérito sobre uma morte que aconteceu ali no brejo.

A escrita da autora é maravilhosa! Rica em detalhes e profundo conhecimento da vida selvagem, é uma verdadeira aula de biologia.
Como a Kya passa a maior parte da vida sozinha, tem muita narrativa descritiva e poucos diálogos, mas é uma estória que comove pela solidão e pela profundidade de sentimentos. Alguns temas como racismo e exclusão social são abordados , mas a autora não se prende muito neles.
Tive um pouco de dificuldade em visualizar o "quintal" da Kya, apesar das descrições da autora ainda não consegui enxergar o que ela mostrava.
Sobre o crime - que é um pano de fundo - não foi mistério para mim, por isso não fiquei supresa. O principal nessa estória é a perseverança da Kya e tudo que ela foi capaz de conquistar.
O final da estória teve um resumão que me deixou com uma sensação de que alguma coisa estava faltando.
No mais, é um lindo livro que recomendo pra que gosta do gênero drama. Quem espera por um thriller pode se decepcionar.

Nota: 4 ★

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31 de julho de 2019

No Jardim do Ogro - Leïla Slimani


Adèle tem a vida perfeita: é uma jornalista de sucesso em Paris, onde vive com seu marido cirurgião e seu filho pequeno em um lindo apartamento. Mas, debaixo da superfície, ela está entediada com seu trabalho e seu casamento – e consumida por uma necessidade insaciável de sexo a qualquer custo. Movida menos pelo prazer que pela compulsão, ela organiza seu dia em torno de casos extraconjugais, chegando atrasada ao trabalho e mentindo para o marido, até se enredar definitivamente em sua própria armadilha. No jardim do ogro é um romance visceral sobre um corpo escravizado por seus impulsos, o vício sexual e suas consequências implacáveis.

RESENHA:
30/07/2019

Estou tentando entender à que veio esse livro. Uma leitura cansativa e às vezes confusa sobre a insatisfação pessoal e sexual de Adèle, casada com um médico e mãe de um garoto de 3 anos. Narrativa em terceira pessoa sobre suas traições e amarguras. Achei-a detestável. Amarga, tediosa, vulgar, que não se esforçava para nada.
Foi uma leitura que não me acrescentou, não trouxe nada de diferente pra mim, enfim, uma perda de tempo. O final foi preguiçoso, acabou do nada, mais frustante que todo o resto.


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