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26 de janeiro de 2024

Os pecados de West Heart - Dann McDorman

 

Os pecados de West Heart, Dann McDorman, Mistério

Mistério envolvente permeado de referências a clássicos do gênero pede a colaboração do leitor para chegar à resolução dos crimes.

Estamos nos anos 1970, às vésperas de um feriado, quando o detetive Adam McAnnis se junta a um velho amigo para aproveitar o fim de semana prolongado no West Heart, um clube exclusivo e tranquilo em meio à natureza. Nesse primeiro momento, você talvez não desconfie das intenções dele, mas, em um livro de mistério, nada acontece por acaso.

Entre funcionários, moradores e convidados, nosso protagonista logo percebe que esse grupo de desconhecidos não é lá muito amigável, mas nenhum detetive que se preze largaria uma missão só por causa de umas caras emburradas. No entanto, a situação se agrava quando, menos de vinte e quatro horas depois de McAnnis chegar, o corpo de um dos membros do clube é encontrado no lago. E, para ficar ainda mais dramático, uma grande tempestade está a caminho.

Em Os pecados de West Heart, suspeitos não faltam e todos têm algo a esconder. Com uma estrutura ousada e uma narrativa maliciosamente subversiva, diferente de tudo que já se viu, esta história é uma homenagem aos grandes nomes da ficção criminal clássica, mas também uma versão totalmente original dos quebra-cabeças do gênero. Até a última página, mais pessoas podem morrer, e resta ao leitor mergulhar fundo neste mistério irresistível, apenas à espera de ser resolvido.

RESENHA:
26/01/2024

West Heart é um clube de caça para famílias abastadas passarem as férias. 
Num final de semana de festividades, o detetive Adam McAnnis é convidado por um amigo a se juntar à eles. Enquanto observa e avalia cada um, ocorre um suposto suicídio. Logo depois um acidente e então um assassinato.
Adam se empenhará em resolver esses enigmas enquanto ficam isolados sem comunicação. 

Aqui há vários personagens (maridos, esposas, filhos, funcionários) que uma hora se referem à eles pelo nome, outras pelo sobrenome. Em vários momentos eu precisei parar pra olhar minha "colinha" de nomes por quê não conseguia identificar quem era, e isso também prejudicou a leitura.
A narrativa do livro é em segunda pessoa - quando o narrador insere o leitor dentro da trama, colocando-o como um dos personagens - e às vezes ele narra em terceira, o que deixa meio confuso às vezes. Parece roteiro para uma peça de teatro.
Quem gostou de "Todo mundo da minha família já matou alguém" poderá gostar desse aqui, é a mesma estrutura de narrativa, o que pra mim é um problema. 
Não consegui me conectar com a estória por causas das pausas que o autor dá para inserir seus próprios comentários, dizer como o leitor deve pensar naquele momento, como ele deve reagir, o que funciona ou não num livro de mistério.
A sensação é que ele quer mostrar o quanto ele é inteligente e que o leitor precisa de ajuda para poder desvendar o crime. Não consegui nem tirar minhas próprias conclusões por que o narrador sempre me direcionava.
Há também várias referências à outros livros e autores, - que pouco pode até ser interessante -  mas aqui foi em excesso e irrelevantes para o crime em si.
Mas o pior de tudo foi o desfecho, eu detestei. Não é possível que o autor fez isso.
Esse livro você vai adorar ou odiar. Pra mim definitivamente não deu.

Nota: 2 ★


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15 de maio de 2023

Modus Operandi - Guia de True Crime - Mabê & Carol Moreira

 

O true crime ― filmes, séries e livros que exploram a motivação e o desenrolar de crimes reais ― é um dos gêneros mais consumidos no Brasil e no mundo atualmente.
Aqui, um sinônimo de true crime é o podcast Modus Operandi, de Carol Moreira e Mabê Bonafé, que nasceu em janeiro de 2020 e angariou uma audiência gigantesca. 
Agora, as duas trazem para o papel toda a experiência que acumularam em mais de cem episódios em um livro definitivo para quem quer saber tudo desse universo que conquista cada vez mais fãs.  

Em Modus Operandi: Guia de true crime, as autoras abordam as principais bases do gênero de maneira simples, objetiva e bem-humorada.
Entre capítulos sobre sistema de justiça, polícia, investigação, casos arquivados, serial killers e outros, a dupla descreve dezenas de crimes que impactaram o Brasil e o mundo, conta a história de assassinos em série e traz diversas curiosidades e fontes para quem quer saber mais sobre o assunto. 

Com um visual atraente e um projeto gráfico diversificado ao longo de 400 páginas, Modus Operandi está pronto para repetir nas livrarias o sucesso estrondoso do podcast.

RESENHA:
15/05/2023

Esse livro é um prato cheio para quem gosta de true crime. Para quem já é "consumidor" do assunto vai conhecer a maioria dos casos citados no livro e para quem não, é uma excelente maneira de conhecê-los. 
Aqui as autoras abordam os temas de maneira simples, objetiva e de fácil entendimento. Alguns casos elas se aprofundam mais e em outros de maneira mais superficial, mas todos são interessantes de relembrar.
Quem quer saber sobre alguns dos crimes mais famosos, tanto aqui no Brasil como fora, vai curtir demais esse livro.
Eu adorei a escrita delas, foi uma leitura muito rápida e muito interessante. É bem nítido o cuidado que elas tiveram em pesquisar, trazendo de maneira detalhada para quem é leigo no assunto. E a edição está simplesmente um luxo!!!
Recomendo muito!

Nota: 4 ★

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18 de abril de 2023

Todo mundo da minha família já matou alguém - Benjamin Stevenson

 

Todo mundo da minha família já matou alguém, Benjamin Stevenson, Thriller Psicológico, Editora Intrínseca

Os Cunningham são uma família bem típica: uma tia maníaca por organização, um padrasto inconveniente, uma irmã sarcástica, uma matriarca cheia de vontades, um irmão controverso… E eles têm lá seus problemas. Para começar, não se dão muito bem. Nem são exatamente próximos. Só que uma coisa os une: todo mundo ali já matou alguém.

Depois de três anos bem atribulados, um final de semana em um resort nas montanhas lhes dá a oportunidade de rever os familiares, bater uns papos constrangedores e talvez até reatar algumas relações. Até que, como acontece em (quase) qualquer encontro de família, um cadáver aparece.

As coisas já não estavam lá muito legais antes mesmo de alguém cair morto, mas, com um histórico como o deles, em pouco tempo não resta dúvida de que só um dos Cunningham poderia ser o responsável por aquela morte. E, conforme a neve rapidamente se acumula, mais corpos são encontrados e os reforços policiais não chegam, a resolução do crime fica nas mãos de um dos membros da família: um escritor especialista em livros de detetive. O que poderia dar errado?


RESENHA:
17/04/2023

"Família não é cujo sangue corre em suas veias, é por quem você o derramaria."

O narrador da estória é Ernest Cunningham, um autor que escreve livros sobre "como escrever livros" e é através dele que vamos conhecer a estória de fundo de cada membro da família.
Como ele mesmo diz, cada membro dela já matou alguém: Seu irmão, sua irmã, a esposa, o pai, a mãe, a cunhada, o tio, o padrasto, a tia e ele mesmo.
Após ficar alguns anos afastado dos familiares, - os motivos ele conta logo nas primeiras páginas - ele é convocado a comparecer a uma reunião de família numa estação de esqui.
Logo no dia seguinte, um corpo é encontrado em meio a neve mas ninguém sabe quem é. Logo um policial tenta tomar as rédeas da investigação, porém ele não parece estar apto à isso.
Quando outra pessoa morre, Ern vai tentar desvendar essas mortes com alguma dificuldade, já que ele não tem experiência alguma e enquanto isso ele vai nos contando sobre cada um dos crimes cometidos pelos seus familiares. Alguns são mais "interessantes" que outros.
O narrador fala diretamente com o leitor que é seu principal expectador. Sua narrativa é pontuada por momentos de humor e ele faz questão de afirmar que é um narrador confiável e que não ocultará nenhuma pista do leitor.
A estrutura da narrativa é bem diferente do que estou acostumada e também tive alguma dificuldade durante a leitura pois achei o mistério bem complexo. Precisei de uma atenção redobrada para poder entender algumas partes.
As primeira metade do livro eu praticamente devorei, mas depois a frequência deu uma caída pois achei um pouco repetitivo.
O final bem explicadinho, - até demais - porém não se sabe como Ern consegue chegar àquelas descobertas de um minuto para o outro. De repente ele sabe o que aconteceu e reúne toda a família na biblioteca do resort para revelar suas descobertas.
Para quem ama um mistério no estilo "whodunnit" com uma reviravolta inesperada no final, esse livro é uma boa pedida.

Nota: 4 ★



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13 de novembro de 2022

O caso Alaska Sanders - Joël Dicker


Abril de 1999. A pacífica cidade de Mount Pleasant, em New Hampshire, é devastada por um assassinato: o corpo de Alaska Sanders, uma jovem de 22 anos, é encontrado à beira de um lago, ao lado do cadáver de um urso-negro.
O que à primeira vista parecia um grotesco ataque animal se revela um homicídio, e, a despeito da comoção generalizada, a questão é solucionada em poucos dias. 
Onze anos depois, o sargento Perry Gahalowood, um dos encarregados da investigação na época, está vivendo um dos piores momentos de sua vida quando recebe uma perturbadora carta anônima. O conteúdo da mensagem faz Gahalowood questionar tudo que pensava saber sobre o caso ocorrido uma década antes. Teria ele seguido uma pista falsa? Teria, então, chegado a uma conclusão equivocada?
Quem o faz cogitar a possibilidade é seu amigo Marcus Goldman, alçado ao estrelato após a publicação de “A verdade sobre o caso Harry Quebert”. 
Diante de tantas incertezas e agitação, os dois resolvem investigar o que de fato estaria por trás da morte de Alaska Sanders e logo fica evidente que o cenário que se descortina é muito mais complexo do que parecera anos antes. Somente unindo forças Gahalowood e Goldman terão alguma chance de descobrir a verdade.  

Após o estrondoso sucesso dos últimos livros, especialmente de “A verdade sobre o caso Harry Quebert”, Joël Dicker retorna ao universo metaficcional de seus principais personagens, demonstrando novamente sua maestria para criar uma trama instigante e repleta de reviravoltas. “O caso Alaska Sanders é Dicker” em sua melhor forma.

RESENHA:
13/11/2022

Se tem algum alguém que consegue escrever um livro com mais de 500 páginas sem deixar monótono, esse alguém é Joel Dicker.
Virei fã dele já no primeiro livro que li e posso dizer sem medo que hoje é meu escritor favorito.

Apesar dessa estória ser totalmente independente, vale ressaltar que tem muita informação sobre "A verdade sobre o caso Harry Quebert", então aconselho que você leia antes até por que é um pecado deixar passar um livrão desses.
Aqui nessa trama mais uma vez encontraremos como narrador o escritor Marcus Goldman - amigo de Harry Quebert e membro da família Baltimore (Do "O Livro dos Baltimore-  e se não leu, leia por favor).
Após 11 anos de um crime solucionado, Marcus e o sargento Gahalowood se unem novamente para refazer a investigação que agora o sargento tem certeza que foi completamente equivocada.
No entanto, quanto mais a dupla investiga mais dúvidas começam a surgir e eles acabam desenterrando estórias que estavam adormecidas.
Não será apenas sobre o assassinato de Alaska. A trama irá muito mais fundo, não só no passado da jovem como de outras pessoas que não tinham ligação com o caso.

Que cérebro incrível desse autor para criar algo assim. Aqui nada é simples, nem mesmo o culpado. Não adivinhei e nem me sonho poderia acertar as motivações.
O modo da narrativa também é deliciosa. Aqui o personagem começa a contar algo que aconteceu e então o leitor é levado para aquele momento e a estória é contada como realmente foi.
Os personagens são manipuladores e não dá pra confiar em ninguém mesmo.
Eu amei esse livro. Simplesmente devorei essa estória! Fui totalmente envolvida pela trama, que foi muito bem construída, com muitas reviravoltas, e quando você pensa que aquela parte da estória foi resolvida, o autor te leva de volta para aquele momento e te mostra uma nova perspectiva.
O final é fechadinho mas tem gancho para um próximo livro, com uma nova aventura. Mal posso esperar por mais livros do autor.
Altamente recomendado!

Nota: 5 ★

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4 de outubro de 2022

Desenhos Ocultos - Jason Rekulak

 

Aos 21 anos, Mallory Quinn precisa trabalhar. Recém-saída da reabilitação, a jovem consegue um emprego na casa de Ted e Caroline Maxwell, que, aos olhos da vizinhança, levam uma vida perfeita.
Sua principal função é tomar conta de Teddy, o filho de cinco anos dos dois. Mallory imediatamente se apaixona pelo trabalho: mora em um lugar só seu, sai para dar suas corridas noturnas e alcança a tão desejada estabilidade. Além disso, constrói laços sinceros com Teddy, um menino doce e tímido que nunca abandona seu caderno e seu lápis. Em seus desenhos, aparecem os elementos de sempre: árvores, coelhos, balões...
Mas um dia, algo diferente surge no papel: um homem em uma floresta, arrastando o corpo inerte de uma mulher. A partir daí as ilustrações de Teddy vão se tornando cada vez mais sinistras, e seus bonequinhos de palito logo se transformam em desenhos altamente realistas impossíveis de serem feitos por uma criança de cinco anos. Assustada, Mallory começa a se questionar se os desenhos não seriam vislumbres de um assassinato sem solução ocorrido décadas atrás nas redondezas, talvez relacionados a uma força sobrenatural. Agora, ela precisa correr contra o tempo para decifrar as imagens e salvar Teddy antes que seja tarde demais.

RESENHA:
04/10/2022

Eu adorei esse livro! Fui completamente envolvida nessa trama. Aqui temos uma estória de mistério, suspense e terror com um toque sobrenatural.
Mallory tem certeza que o espírito de uma mulher que morava na sua atual residência, está assombrando a criança. Teddy se refere a sua amiga imaginária como Anya e fala com ela todos os dias.
Os pais da criança não acreditam em nada disso mas Mallory está decidida a ajudar Teddy, ainda que esteja correndo o risco de perder seu emprego.
O ponto alto desse livro sem dúvidas são os desenhos. São no mínimo chocantes. Eles ajudam a compôr a trama e dá uma visão completa para o leitor da estória que está sendo contada. Foi genial!
As revelações são ótimas e eu não esperava por elas, só o final que não achei tão bom quanto o resto da estória.
Sem dúvidas recomendo o livro para quem curte mistério com uma pegada sobrenatural. E quando tem criança, é melhor ainda :)

Nota: 4,5

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13 de julho de 2022

O Apartamento de Paris - Lucy Foley

 


Quando chega à cidade, Jess descobre que o irmão mora em um lugar que ela jamais imaginaria que ele teria condições de pagar. E o mais intrigante: embora a carteira e as chaves estejam ali, não há nenhum sinal do rapaz.
Quanto mais tempo o irmão continua desaparecido, mais Jess tenta seguir seus passos e mais perguntas surgem em sua mente. Os vizinhos formam um grupo bem eclético, mas não são exatamente amigáveis, e em pouco tempo aquela investigação coloca a jovem em situações cada vez mais delicadas.
Em meio à sua busca cada vez mais misteriosa e sem saber em quem confiar, Jess acaba construindo relações diversas com os moradores. Mas em um prédio em que as paredes parecem ter segredos sufocados e olhos sempre atentos, a desconfiança pode ultrapassar as raias da paranoia.
Ela pode até ter ido para Paris com a intenção de escapar do passado, mas talvez o futuro de seu irmão é que esteja em jogo. Todos são vizinhos. Todos são suspeitos. E todos têm algo a esconder.


RESENHA:
13/07/2022

Depois de passar por problemas em Londres, Jess resolve ficar um tempo com seu meio irmão Ben que vive na França.
Ele está a sua espera mesmo à contragosto, já que a irmã é sempre inconveniente mas não pode recusar sua visita. Porém quando ela chega horas após ter trocado mensagens com o irmão, Ben não está no apartamento. Com sua demora em voltar, Jess começa a estranhar esse sumiço e fuçando nas coisas dele ela percebe que ele não levou carteira e nem chaves.
Já no dia seguinte, ainda sem notícias do irmão, Jess começa a fazer perguntas para os vizinhos mas todos se mostram frios e distantes.
Cada vez mais desconfiada dos vizinhos e certa de que eles escondem segredos, Jess vai tentar se aproximar deles pois tem certeza que estão envolvidos no sumiço de Ben.

Depois de ter lido e gostado dos dois livros anteriores da autora, esse foi meio decepcionante.
O livro começa bem interessante, intercalando os pontos de vista de cada morador, mas depois aquilo fica rodando em círculos. Muita narrativa, pouca ação.
A Jess faz poucas descobertas durante a trama e enquanto isso a autora preenche com situações irrelevantes. Os personagens são desagradáveis, não dava para torcer nem mesmo para a própria protagonista.
O cenário foi muito mal aproveitado, tinha potencial para mais.
O mistério foi ok para mim e você passa o livro todo imaginando se Ben está vivo ou morto e o final foi bem sem graça e corrido.
O livro não é ruim, mas na minha opinião deixou a desejar. Senti falta daquela tensão que livros de suspense despertam na gente.
Mas lerei outros livros que ela lançar, com certeza!

Nota: 3,5 ★

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23 de junho de 2022

A última coisa que ele me falou - Laura Dave


Proteja ela. Essa foi a mensagem que Owen Michaels deixou para a esposa antes de desaparecer. Apesar da confusão e do medo, Hannah Hall sabe exatamente a quem aquelas palavras se referem: Bailey, sua enteada de dezesseis anos, que perdeu a mãe de forma trágica e gostaria de poder ignorar por completo a nova madrasta. 
Em pouco tempo, a situação sai totalmente do controle de Hannah: Owen não atende suas ligações cada vez mais desesperadas, o FBI prende o chefe dele, e agentes federais surgem na sua porta, fazendo-a questionar não apenas por que o marido desapareceu, mas também quem ele realmente é. Mesmo querendo respeitar aquele último pedido, Hannah precisa de respostas. E talvez a enteada seja a chave de todas elas.
Sem saber em quem confiar, Hannah e Bailey partem em uma jornada em busca da verdade. Quando as peças do passado de Owen começam a se encaixar, porém, elas entendem que também estão construindo um novo futuro ― um que nenhuma das duas poderia ter previsto.  

Ao unir mistério e drama familiar, A última coisa que ele me falou envolve o leitor em uma emocionante rede de segredos e mentiras. Uma história impossível de largar, cujo ritmo intenso e cujas reviravoltas impactantes prometem surpresas até os últimos segundos.

RESENHA:
23/06/2022

A última coisa que ele me falou é um drama familiar com uma pitada de mistério. Hannah é uma marceneira talentosa e está há pouco mais de um ano casada com Owen, que trabalha numa start-up de tecnologia.
Uma tarde, o marido não volta para casa e Hannah recebe um bilhete que diz para que ela cuide de Bailey, a filha de 16 anos de Owen.
Bailey não gosta da madrasta e não se esforça para ser simpática e agora Hannah se vê responsável por uma garota que ela mal conhece. Seu marido está desaparecido após ter estourado um escândalo envolvendo a empresa que ele trabalha. A polícia está a procura dele e Hannah não sabe como agir.
Quando um delegado de Austin também bate à sua porta, Hannah começa desconfiar que o desaparecimento de Owen pode estar ligado com algo do seu passado e com a enteada a tira colo, ela parte para Austin para descobrir sobre o passado do marido. E acaba descobrindo mais coisas do que poderia imaginar.

A narrativa é gostosa com capítulos curtinhos então quando comecei, a leitura foi simplesmente fluindo.
A trama melhora depois da metade. Tem algumas situações que achei um pouco forçadas e no final quando a Hannah precisa fazer uma escolha, não gostei do que ela decidiu. Mas isso não interfere na nota pois é apenas minha opinião e não prejudica o livro.
Achei que faltou mais profundidade em alguns personagens, principalmente do Owen pois a narrativa é somente do ponto de vista da Hannah.
No geral é um bom livro, rápido de ler, mas não achei impressionante como a maioria.
Longe de ser um thriller, mas conseguiu me deixar muito curiosa acerca do mistério, fazendo com que eu lesse em um dia apenas.

Nota: 4 ★

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13 de maio de 2022

A Família Perfeita - Lisa Jewell - The Family Upstairs #1

 

Um dos maiores sucessos da literatura de suspense nos últimos anos, A família perfeita chega ao Brasil com trama recheada de reviravoltas perturbadoras.

Logo após seu vigésimo quinto aniversário, Libby Jones chega em casa e encontra a carta que esperou por toda a sua vida. Ao abri-la, a jovem tem apenas uma coisa em mente: enfim vai saber quem ela é. 
Em pouco tempo, Libby descobre não apenas quem são seus pais biológicos, mas também que é a única herdeira de uma mansão abandonada que vale milhões. Tudo na sua vida está prestes a mudar, mas o que ela não sabe é que outras pessoas também estavam aguardando esse dia ― e que seu destino está prestes a colidir com o delas. 
Vinte e cinco anos antes, a polícia foi ao casarão após receber o chamado de que havia um bebê chorando. Quando chegaram, os policiais encontraram uma menininha de dez meses, saudável, balbuciando alegremente em seu berço. Na cozinha, porém, jaziam três cadáveres em decomposição, todos vestidos de preto, ao lado de um bilhete rabiscado às pressas. 
A família perfeita acompanha a história de uma casa com um passado sinistro, em que o leitor vai em busca da verdade por trás de circunstâncias bizarras que se agravam a cada página.

RESENHA:
13/05/2022

Quando comecei a ler "A família perfeita", achava que era um thriller. O prólogo, muito instigante por sinal, me levou a acreditar que seria uma leitura recheada de momentos tensos.
Mas não é. O livro é um drama familiar e quando aceitei esse fato passei a curtir mais a leitura.
A escrita da autora ajudou demais, bem ágil e sem muitos rodeios, ela insere o leitor dentro da casa onde essa família no mínimo disfuncional, vive.
A estória é contada sob três pontos de vista entre o passado e o presente. Libby é uma jovem que acaba de completar 25 anos e recebe de herança uma casa avaliada em milhões de dólares num dos melhores lugares de Londres. Agora mais do que nunca ela quer saber sobre a família que morava ali, seus verdadeiros pais. O que ela sabe é que faziam parte de uma seita e que fizeram um pacto de morte.
Henry, hoje um homem, viveu na casa nos anos 90 e é ele quem conta toda a estória sobre o que ocorreu lá. Desde o momento em que sua mãe abriu a porta para David, sua esposa e dois filhos, e como a chegada dessas pessoas mudou completamente a vida deles.
E Lucy, uma mulher que vive praticamente nas ruas com seus dois filhos pequenos e o cachorro. Ela narra o momento que ela está vivendo e sua luta para resolver questões do passado.
A narrativa é lenta mas não é cansativa, onde cada um vai contando sua parte até o momento em que essas vidas vão se cruzar.
Quanto mais você conhece a dinâmica da família, mais perturbadora a narrativa se torna. E é quase impossível parar de ler.
Não há grandes reviravoltas, nem plots, mas drama familiar é assim. Construído aos poucos para chegar no mínimo num final satisfatório.
Recomendo!

Nota: 4 ★

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26 de abril de 2022

A camareira - Nita Prose

 

Molly Gray não é como todo mundo. Ela luta com habilidades sociais e interpreta mal as intenções dos outros. Sua avó costumava interpretar o mundo para ela, codificando-o em regras simples pelas quais Molly poderia viver.

Desde que vovó morreu, há alguns meses, Molly, de 25 anos, tem navegado pelas complexidades da vida sozinha. Não importa - ela se joga com gosto em seu trabalho como empregada de hotel. Seu caráter único, juntamente com seu amor obsessivo por limpeza e etiqueta adequada, fazem dela a pessoa ideal para o trabalho. Ela se delicia em vestir seu uniforme engomado todas as manhãs, abastecer seu carrinho com sabonetes e garrafas em miniatura e devolver os quartos de hóspedes do Regency Grand Hotel a um estado de perfeição.

Mas a vida ordenada de Molly é revirada no dia em que ela entra na suíte do infame e rico Charles Black, apenas para encontrá-la em um estado de desordem e o próprio Sr. Black morto em sua cama. Antes que ela saiba o que está acontecendo, o comportamento incomum de Molly faz com que a polícia a tenha como principal suspeita. Ela rapidamente se vê presa em uma teia de engano, que ela não tem ideia de como desembaraçar. Felizmente para Molly, amigos que ela nunca soube que tinha se unem a ela em busca de pistas sobre o que realmente aconteceu com o Sr. Black - mas eles serão capazes de encontrar o verdadeiro assassino antes que seja tarde demais?

Um mistério parecido com uma pista, uma sala trancada e uma emocionante jornada do espírito, A camareira explora o que significa ser igual a todos os outros e ainda assim totalmente diferente - e revela que todos os mistérios podem ser resolvidos através da conexão com o coração humano.

RESENHA:
26/04/2022

A Camareira é um livro com um mistério leve, tão leve que quase fica em segundo plano, pois a protagonista Molly é o destaque na estória.
Ela tem apenas 24 anos, é uma funcionária exemplar mas tem certas dificuldades para interagir. Não entende sarcasmo, não consegue interpretar corretamente as intenções das pessoas e fala o que pensa. 
Molly foi criada pela avó materna - que faleceu há poucos meses - e era ela quem a ajudava a lidar com essas dificuldades. 
Num certo dia quando Molly entra no quarto do Sr. Black para fazer a arrumação diária, o encontra morto na cama. Porém ela já havia limpado praticamente todo o ambiente antes sem perceber e com isso removeu toda e qualquer pista do assassino.
Ela será a principal suspeita do crime e sua falta de habilidade em se comunicar acaba prejudicando ainda mais sua defesa.
Quando pensa que está sozinha em meio a tudo isso, ela encontra pessoas que realmente acreditam em sua inocência e fará de tudo para ajudá-la.

Esse foi um dos livros mais difíceis de avaliar. Eu gostei muito da escrita da autora, gostei demais da Molly, achei uma personagem fascinante e curiosa e várias vezes eu ri das coisas que ela falava, mas a trama não é tão envolvente quanto a própria Molly.
A estória é tranquila, sem grandes momentos ou revelações e o final apesar de inesperado, não me causou impacto ou me convenceu.
Também achei que algumas situações não condiziam com o comportamento dela, algumas coisas que você não esperaria e isso foi meio contraditório.
Eu senti mais pena da Molly durante a leitura do que curiosidade em quem matou o Sr. Black.
No mais, é um livro bem interessante e como é estreia da autora, acredito que ela tenha muito potencial. O livro até ganhou uma adaptação, agora é só aguardar.
Leiam, mas não espere um grande mistério.

Nota: 4 ★

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28 de abril de 2021

A Lista de Convidados - Lucy Foley

 

Autora do best-seller A última festa volta com suspense impossível de largar sobre uma festa de casamento da qual nem todos os convidados sairão vivos.

Em uma ilha afastada na costa da Irlanda, convidados se reúnem para celebrar uma união de dar inveja. O noivo, bonito e charmoso, é uma estrela de TV em ascensão. A noiva, elegante e ambiciosa, é editora da própria revista. A festa de casamento é um reflexo de suas personalidades: vestido e terno de grife, localização remota e exclusiva, decoração luxuosa, uísque da melhor qualidade. Tudo rigorosamente planejado.
Mas a perfeição só existe mesmo nos planos. E o perigo mora nos detalhes. À medida que as garrafas de champanhe estouram e a festa avança, o ressentimento e a inveja começam a se sobrepor à alegria e aos votos de felicidade. E então uma tempestade desaba com fúria sobre a ilha, e esse é só mais um motivo para abalar os ânimos já alterados.
Depois de uma abrupta queda de luz no meio da festa, a garçonete anuncia aos convidados que um corpo foi encontrado. Isolados e aguardando a chegada da polícia, apenas uma coisa é certa: o assassino é uma das pessoas presentes no evento.

RESENHA:
28/04/2021

Quem matou, quem morreu e qual o motivo?

A Lista de Convidados é o segundo livro da autora lançado no Brasil e segue a mesma fórmula do livro anterior, A Última Festa.
Um seleto grupo de pessoas reunidos para o casamento do ano numa ilha isolada na costa da Irlanda. Apenas os amigos mais próximos e alguns familiares chegam com um dia de antecedência e logo começam a se revelar através de conversas regadas a muita bebida alcoólica.
Como os capítulos são narrados em primeira pessoa por cinco personagens diferentes, através da perspectiva de cada um é que vamos entrando aos poucos na trama.
Assim como no livro anterior, não sabemos quem é a vítima e nem quem é o assassino. Isso só será revelado lá perto do final. Enquanto isso, fica por conta da imaginação do leitor tirar conclusões conforme a estória avança. Cada fato revelado de um narrador, você cria teorias que fazem deles perfeitas vítimas ou perfeitos assassinos.
Essa fórmula que a autora usa nos seus livros é bem interessante por não ser clichê e por estimular ainda mais a imaginação do leitor, fator que contribui e muito na velocidade da leitura. Porém, como ela deixa praticamente tudo para o final, não acontece muita coisa durante a maior parte do livro. A autora não libera nada para começarmos a deduzir e aí quando começa é uma atrás da outra.
Os personagens são insuportáveis, cada um à sua maneira e com mais ou menos intensidade. Salvo Hannah e a cerimonialista que foram as que mais gostei.
As surpresas do final eu acertei algumas, outras não. Mas quanto ao assassino eu realmente não imaginei.

Eu gostei mais dessa trama que de A Última Festa, mas a nota foi um pouco menor nesse por que aqui a premissa já não era mais novidade como foi antes.
E por fim, quero acrescentar que amei a escrita da autora. Ágil, fluida, sem descrições desnecessárias. O tipo de narrativa que AMO! 
Recomendo!

Nota: 4 ★

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25 de fevereiro de 2021

O Enigma do Quarto 622 - Joël Dicker

 


Numa noite de Dezembro, um cadáver jaz no chão do quarto 622 do Palace de Verbier, um luxuoso hotel nos Alpes suíços. A morte misteriosa ocorre em plena festa anual de um prestigiado banco suíço, nas vésperas da nomeação do seu presidente. A investigação policial nada conclui e a passagem do tempo leva a que o caso seja praticamente esquecido.

Quinze anos mais tarde, o escritor Joël Dicker hospeda-se nesse mesmo hotel para recuperar de um desgosto amoroso e para fazer o luto do seu estimado editor. Ao dar entrada no hotel para o que esperava ser uns dias de tranquilidade e inspiração, não imaginava que acabaria a investigar esse crime do passado.




RESENHA:
25/02/2021

Quer um conselho? Não veja nenhuma resenha, apenas leia esse livro. Você como leitor, merece esse livro. Merece esquecer da vida com essa estória que Joel Dicker criou.

"Fiquei pensando que é difícil homenagear pessoas extraordinárias. Pois não sabemos nem por onde começar."
E eu, estou aqui pensando, como é difícil resenhar um livro desse nível. Não sou capaz disso, então vou apenas te recomendar até por que quanto menos você souber, melhor. A sinopse basta.
Não é sobre um final surpreendente por que o livro todo é surpreendente. Não é sobre um plot twist incrível, por que aqui teremos isso aos montes.
É sobre o autor, no auge da sua inspiração, criar algo tão incrível que você se pega imaginando se a estória não é verdadeira.
Nunca vi nada tão bem construído e não só em termos de trama, mas também de personagens. Todos tem grande importância na estória e o autor criou um background tão bem estruturado para cada um deles que você apenas devora cada página.

Leiam! Só leiam! Mas peguem com tempo, por que tem muitos detalhes que você pode deixar passar se não se dedicar à leitura.
Favorito do ano, da vida, do autor... só tenho medo de stalkear o Joel Dicker nas redes sociais e falar pra ele: "Tá fazendo o quê nesse restaurante que não está escrevendo outro livro?" rsrsrs

Não preciso nem falar que recomendo demais!
Nota: 5 ★ ♥

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4 de agosto de 2020

A Última Festa - Lucy Foley


Todo ano, nove amigos comemoram o réveillon juntos. Desta vez, apenas oito vão voltar para a casa depois da festa.  
Programado para acontecer em um cenário idílico, o réveillon que Miranda, Katie e os outros amigos que conheceram na faculdade passarão juntos este ano promete refeições deliciosas regadas a champanhe, música, jogos e conversas descontraídas.  
No entanto, as tensões começam já na viagem de trem — o grupo não tem mais nada em comum além de um passado de convivência, feridas jamais cicatrizadas e segredos potencialmente destrutivos.  
E então, em meio à grande festa da última noite do ano, o fio que os mantém unidos enfim arrebenta. No dia seguinte, alguém está morto e uma forte nevasca impede a vinda do resgate. Ninguém pode entrar. Ninguém pode sair. Nem o assassino.  

Contada em flashbacks a partir das perspectivas dos vários personagens, a história deste malfadado encontro é um daqueles mistérios de assassinato cheio de tensão e de ritmo perfeito. Com uma trama assustadora e brilhantemente construída, A Última Festa planta no leitor a semente da dúvida: será que velhos amigos são sempre os melhores amigos?


RESENHA:
04/08/2020

Esse foi um livro que comecei com o pé atrás por causa das comparações com Agatha Christie. Por experiência já vi que isso nunca dá certo e acabo pegando ranço antes mesmo de ler. 
Nessa trama, nove amigos vão se reunir num hotel nas Terras Altas Escocesas para comemorar a virada do ano novo e ficarão isolados devido a uma forte nevasca. 
Eles são amigos desde os tempos de faculdade, há mais de dez anos e sempre se reúnem no reveillon para comemorar, cada vez num lugar diferente. 
Apesar de serem muito amigos, com o passar dos anos eles vão se afastando um pouco mais devido a inúmeros motivos pessoais. 
Acontece que quando eles se reúnem pela última vez, algumas mágoas vêm à tona e começam a surgir as trocas de farpas. Regada à muito álcool, essa reunião vai acabar mostrando a verdadeira personalidade de cada um.  

Essa temática é muito usada pela dama do crime (várias pessoas isoladas em algum lugar remoto, uma morte e a certeza que o criminoso está entre eles), porém as semelhanças terminam aí. 
A escrita das autoras são extremamente diferentes, vivenciadas em épocas diferentes e devo ressaltar que amei a escrita da Lucy Foley. 
Toda a trama é bem construída, os capítulos divididos entre narrativas alternadas, vai gradualmente despertando a curiosidade do leitor, já que não sabemos quem é o assassino e nem quem é o assassinado. 
Uma sacada genial da autora, que só conseguiu prender ainda mais minha atenção. 
Teremos 3 amigos narrando no passado, ou seja, antes do crime e no presente teremos a narrativa dos dois funcionários do hotel. 
Essas narrativas no passado são fundamentais para que gente conheça melhor os personagens, quem eles são de verdade e é aí que começamos a criar nossas teorias sobre quem é quem. Inclusive os funcionários do hotel tem seus próprios segredos e escondem o verdadeiro motivo de estarem trabalhando num lugar tão ermo. 

Eu adorei esse livro! 
Um morre e oito são suspeitos. Não precisei de mais nada pra me jogar na leitura. Tem tudo que gosto num thriller e só o fato de saber que o criminoso está entre eles   e que não tem ninguém pra proteger  , torna a estória mais excitante. 
Eu tinha certeza de quem era o morto e desconfiei (e acertei) o assassino. Por que aqui nesse caso, não foi de todo mundo que eu desconfiei. 
Super recomendo esse primeiro thriller da autora, espero que venha muito outros por que com certeza irei ler. 
E vem filme de "A Última festa" por aí.

Nota: 5 

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24 de junho de 2020

As Outras Pessoas - C.J. Tudor


Uma menina pálida em um quarto branco. Mãe e filha em fuga, numa corrida desenfreada e sem destino. Uma garçonete de beira de estrada aprisionada na monotonia dos seus dias. E um pai que perde esposa e filha de maneira brutal e sem explicação. As histórias que se entrelaçam em "As outras pessoas" são peças de mais um quebra-cabeça sombrio e cheio de mistérios criado pela escritora C. J. Tudor.  Gabe é o pai desesperado que, consumido por uma esperança doentia, conduz a trama do livro enquanto guia seu carro pelas estradas em busca da filha. Ela, assim como a mãe, foi dada como morta num crime não solucionado. Mas ele tem certeza de que não foi bem assim. Apesar de todas as provas que o contrariam, o homem que fez da angústia sua melhor amiga jura ter visto a filha viva em um carro desconhecido, parado à sua frente num engarrafamento logo antes de voltar para casa na noite em que perdeu sua família. Três anos depois, Gabe não tem rumo. Continua dirigindo obsessivamente pelas rodovias, tentando encontrar um caminho que o leve à solução do mistério.  Mas é longe da estrada, nos cantos mais obscuros e doentios da internet, que ele acaba encontrando as pistas que tanto procura. Quem navega pela deep web sabe dos riscos, mas ele não se importa. Quem não tem nada na vida não tem nada a perder. Assim como uma encruzilhada depois da curva, as várias histórias dessa trama se sobrepõem quando menos se espera e de forma surpreendente. Porque mesmo uma garçonete desencantada e entediada pode guardar informações que ninguém imagina. As figuras mais isoladas e enigmáticas podem um dia se converter em grandes aliados. Os personagens à margem da sua vida podem ser mais relevantes do que parecem. E os limites que separam o bem e o mal podem ser apenas pontos de vista diferentes.  Enquanto isso, uma nota de piano soa no quarto branco de uma menina pálida...

RESENHA:
24/06/2020

Impossível parar de ler!

Depois da minha minha experiência com "O que aconteceu com Annie" não ter sido muito boa, peguei esse livro sem muitas expectativas, porém logo nas primeiras páginas me vi completamente envolvida com a trama. Comecei a leitura sem saber quase nada sobre a trama e a devorei em menos de 24 horas.
A estória começa quando Gabe está voltando para casa após um dia de trabalho, pensando no quanto tem sido relapso com sua família, principalmente com sua filha Izzy, até que ele se atenta ao carro da frente pelos adesivos chamativos. Então de repente uma garotinha aparece no vidro traseiro e chama sua atenção pela semelhança com Izzy: mesmo cabelo loiro, mesmo sorriso faltando um dentinho e aí ela diz "papai".
Enlouquecido, Gabe começa uma perseguição com esse carro até que o perde de vista e então tenta colocar a cabeça no lugar, pois sua filha está em casa com sua esposa. Para desencargo de consciência ele pára num posto e liga pra casa, mas quem atende é uma detetive que pede que ele venha imediatamente pois aconteceu algo terrível com sua esposa e filha.
Depois disso é impossível parar de ler!

Três anos depois Gabe está vivendo numa van e dirigindo de madrugada pelas rodovias, na esperança de ver aquele carro novamente. Todos já encerram o caso e seguiram com suas vidas, mas para ele sua filha ainda está viva.
Paralelo à isso, teremos a narrativa de outros personagens com suas vidas e problemas diferentes mas em algum momento todas essas estórias irão se cruzar.
Os capítulos são curtos e intercalados e a autora os fecha estrategicamente, de tal maneira que você não consiga ler só mais um capítulo.
Eu li 70 páginas em apenas uma sentada, de tão vidrada que fiquei. A autora construiu uma trama muito bem amarrada, com muito mistério, segredos e mentiras.
Tem também uma pitada sobrenatural que já é marca registrada dela, mas que não interfere na trama principal, é apenas um pano de fundo para um dos personagens, mas para mim essa parte não teria feito falta na estória.
Eu adorei esse livro, achei muito superior ao anterior. Desde a escrita até a criação dos personagens, a estória é envolvente e viciante.

Se você quer uma trama cheia de mistérios, que vai te deixar preso na leitura, As Outras Pessoas é o livro perfeito.

Nota: 4 ★


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31 de março de 2020

O Livro dos Baltimore - Joël Dicker


Marcus Goldman teve uma juventude inesquecível em Baltimore, ao lado dos primos e dos tios, a parte bem-sucedida de sua família e que ele tanto admirava.
Mas a felicidade aparente não condizia com a realidade e o dia do Drama marcou o destino fatídico e inesperado de todos aqueles que ele mais amava.  Oito anos depois, Marcus ainda tenta montar o quebra-cabeça do Drama, lidar com as consequências e entender o que aconteceu. Desencavando o passado, reacendendo paixões e desvendando mistérios, ele decide escrever o próximo romance sobre sua família, numa tentativa de se libertar de antigos ressentimentos e redimir aqueles que foram punidos pelos infortúnios da vida.
Rivalidade, traição, sucesso, paixão e inveja: abordando temas presentes na vida de todos nós, Joël Dicker constrói brilhantemente o retrato de uma juventude, destacando a força do destino e a fragilidade de nossas maiores conquistas.

Neste livro, Joël Dicker revisita seu mais emblemático personagem, Marcus Goldman, protagonista de A verdade sobre o caso Harry Quebert, best-seller mundial.

RESENHA:
31/03/2020

Eis que faltando 3 dias para terminar o mês eu pego um livro de 418 páginas para finalizar com calma no início do mês seguinte e simplesmente não consegui mais parar de ler.
Eu vivi e respirei esse livro nesses últimos três dias, tão vidrada que fiquei na vida dos Baltimore.
Pensei que se tratasse de um thriller, mas a trama é sobre romance, drama, traições, mentiras e principalmente mal entendidos e não me decepcionou em nenhum momento.

A estória é contada por Marcus Goldman, o primo que mora distante de Baltimore. É ele que vai narrar todos os acontecimentos (e são muitos) que envolvem a família, tudo que ele viveu com eles desde a infância até a fase adulta e tudo que ele ficou sabendo depois. Marcus vai juntar todas as situações vividas em tempos alternados, hora no presente, ora no passado, sem seguir um percurso linear e revelar todas as tragédias de sua família. Mesmo com todas essas alternâncias de tempo não dá pra se perder, pois o autor tem uma maneira muito simples e envolvente de te colocar à par dos acontecimentos.
Me deleitei com os dramas vividos pela família, me envolvi totalmente na escrita do autor, como se ele estivesse contando sua estória particularmente para mim.

Se Joel Dicker já havia me conquistado com O Desaparecimento de Stephanie Mailer e A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert, agora posso dizer com toda certeza que ele ganhou mais uma fã.
Super recomendo!

Nota: 5 ★

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9 de setembro de 2019

A Mulher Silenciosa - A.S.A. Harrison


Jodi e Todd estão juntos há 20 anos e, aparentemente, levam uma vida invejável. Todd é um empreiteiro bem-sucedido que pode bancar alguns luxos, como o enorme apartamento com uma vista deslumbrante para o lago, um Porsche (dele) e um Audi (dela) na garagem, e o estilo de vida de Jodi. Psicoterapeuta, ela atende em casa apenas dois clientes por dia, e tem tempo de sobra para as sessões de pilates, as aulas de arranjos florais, os passeios com Freud, o golden retriever do casal, e o preparo das refeições gourmet de que tanto gosta. Jodi ainda fica ansiosa ao ouvir a chave do marido abrindo a porta. Todd diz que nunca encontrará uma mulher igual a ela.
Essa fachada perfeita, porém, está prestes a ruir. Todd é um adúltero incurável, e Jodi sabe disso. Ela é a esposa silenciosa, preparada para tolerar as traições do marido com o intuito de manter as aparências. Até que Todd sai de casa - para viver com uma mulher com metade da idade dela, filha de seu melhor amigo. Magoada, humilhada e, por fim, financeiramente abalada, Jodi começa a contemplar o assassinato como uma opção razoável. Contado alternadamente nas perspectivas dele e dela, 'A mulher silenciosa' é um livro sobre um casamento à beira do fim, um casal na direção da catástrofe, concessões que não podem ser feitas e promessas que não serão cumpridas. Um thriller psicológico sofisticado, que seduz o leitor desde a primeira página.

RESENHA:
09/09/2019

Psicológico sim, thriller não!
A sinopse do livro já é reveladora demais, praticamente um resumo do livro. Que tristeza ao terminar e ver que não foi além disso.
A Jodi é a mulher submissa. Formada em Psicoterapia, mais de um mestrado, doutorado e se conforma em atender apenas dois clientes por dia - sendo assim bancada pelo marido - só para poder se dedicar mais à ele, tudo isso sabendo das suas traições. Ela prefere fechar os olhos para as escapadas dele, pois aquilo que ela ignora acaba desaparecendo.
Todd é um escroto. Acha normal essas traições, desde que não passe de encontros rápidos, sem envolvimentos até que ele acaba se apaixonando pela filha de seu melhor amigo e decide sair de casa. 
Ele não é homem suficiente nem mesmo para sentar com a esposa e conversar e ela prefere ignorar, faz de conta que não sabe de nada pois acha que ele ainda vai mudar de ideia.
A estória contêm poucos diálogos, separados por uma enxurrada de narrativas sobre a psique, sobre como funciona o comportamento humano, comparações com outras situações que não acrescentam em nada na trama e termos médicos para encher linguiça.
É um prato cheio para quem gosta do tema, para quem gosta de ler sobre psicologia, mas se não for isso que você estiver procurando irá se decepcionar assim como eu.
Esperava que ela em algum momento fosse explodir e virar a mesa, mas infelizmente aceita tudo passivamente.
O livro é monótono, cansativo, sem ação e sem nenhuma surpresa. Eu esperava pelo menos um pouco mais do final, mas até isso foi decepcionante. Me senti enganada pela sinopse.

Recomendo? Como eu disse, se você curte o gênero eu acredito que você irá gostar da estória, mas se você procura um thriller com ações e reviravoltas, esse não é o livro. 

Nota: 3 ★

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8 de agosto de 2019

Um lugar bem longe daqui - Delia Owens


Por anos, boatos sobre Kya Clark, a “Menina do Brejo”, assombraram Barkley Cove, uma calma cidade costeira da Carolina do Norte. Ela, no entanto, não é o que todos dizem. Sensata e inteligente, Kya sobreviveu por anos sozinha no pântano que chama de lar, tendo as gaivotas como amigas e a areia como professora. Abandonada pela mãe, que não conseguiu suportar o marido abusivo e alcoólatra, e depois pelos irmãos, a menina viveu algum tempo na companhia negligente e por vezes brutal do pai, que acabou também por deixá-la.  Anos depois, quando dois jovens da cidade ficam intrigados com sua beleza selvagem, Kya se permite experimentar uma nova vida — até que o impensável acontece e um deles é encontrado morto.  Ao mesmo tempo uma ode à natureza, um emocionante romance de formação e uma surpreendente história de mistério, Um Lugar Bem Longe Daqui relembra que somos moldados pela criança que fomos um dia e que estamos todos sujeitos à beleza e à violência dos segredos que a natureza guarda.

 A obra foi incluída no clube de livros de Reese Witherspoon, que posteriormente adquiriu os direitos de adaptação cinematográfica e vai produzir o filme com a Fox 2000.

RESENHA:
08/08/2019

Kya é a mais nova dos cinco filhos de Pa e Ma que vê um a um de sua família ir embora, até não sobrar mais ninguém.
Com apenas 6 anos ficou sozinha com o pai - um ex combatente de guerra - que passa dias fora de casa bebendo e apostando o pouco que ganha e à partir desse momento é que Kya passa a aprender como se virar para comer, até que por fim é abandonada também por ele.
A família sempre viveu no brejo e eram mal vistos pelo pessoal da cidade, chamados de lixo.
Durante seu isolamento ela aprende tudo à sua volta sobre a natureza e os animais. De uma inteligência fora do normal, seu conhecimento da vida selvagem vai definir quem ela é, mesmo que ainda seja excluída pela sociedade.
A estória se passa no começo da década de 50, alternando com acontecimentos do final da década de 60. A narrativa é em terceira pessoa contando a vida e a luta pela sobrevivência da Kya e no futuro com o inquérito sobre uma morte que aconteceu ali no brejo.

A escrita da autora é maravilhosa! Rica em detalhes e profundo conhecimento da vida selvagem, é uma verdadeira aula de biologia.
Como a Kya passa a maior parte da vida sozinha, tem muita narrativa descritiva e poucos diálogos, mas é uma estória que comove pela solidão e pela profundidade de sentimentos. Alguns temas como racismo e exclusão social são abordados , mas a autora não se prende muito neles.
Tive um pouco de dificuldade em visualizar o "quintal" da Kya, apesar das descrições da autora ainda não consegui enxergar o que ela mostrava.
Sobre o crime - que é um pano de fundo - não foi mistério para mim, por isso não fiquei supresa. O principal nessa estória é a perseverança da Kya e tudo que ela foi capaz de conquistar.
O final da estória teve um resumão que me deixou com uma sensação de que alguma coisa estava faltando.
No mais, é um lindo livro que recomendo pra que gosta do gênero drama. Quem espera por um thriller pode se decepcionar.

Nota: 4 ★

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27 de maio de 2019

O que Aconteceu com Annie - C.J. Tudor



Quando Joe Thorne era adolescente, sua irmã mais nova desapareceu. Vinte e cinco anos depois, um e-mail anônimo o leva mais uma vez ao passado: “Eu sei o que aconteceu com sua irmã. Está acontecendo de novo.”  Atolado em dívidas e bem longe do vilarejo onde cresceu, Joe precisa escapar das pessoas perigosas que estão atrás dele, mas também vê a oportunidade de resolver o que arrasta consigo há mais de duas décadas. Retornar a Arnhill parece a única opção.  Mas voltar também significa abrir velhas feridas e reencontrar pessoas e lugares que ele nunca mais pensou que veria. Afinal, alguns segredos são grandes demais — e Joe não faz ideia de onde está se metendo.  Neste suspense de ares sobrenaturais, o leitor é carregado por reviravoltas sombrias que o deixam na expectativa até o fim. O que Aconteceu com Annie é uma viagem ao lugar mais escuro de um passado que precisa ser esquecido.


RESENHA:
27/05/2019

O que aconteceu com Annie trata-se de um thriller meio psicológico, meio sobrenatural, que vai contar o por quê de Joe ter voltado para sua cidadezinha natal após 25 anos.
Intercalando com o passado, a narrativa é em primeira pessoa o que pra mim deixa a leitura mais fluida, porém o narrador menos confiável.
Quando ele tinha 15 anos sua irmãzinha de apenas 8 ficou desaparecida por 48 horas mas quando ela voltou já não parecia mais a doce Annie. Com o passar dos dias a rotina da casa mudou, sua mãe passava mais tempo no trabalho, seu pai se afundava cada vez mais na bebida e Annie causava medo e repulsa ao irmão. Até que um dia um grave acidente aconteceu e sua irmã faleceu.
Agora, 25 anos depois, Joe volta à Arnhill mas não é bem recebido por algumas pessoas. É ameaçado, tem sua casa vandalizada mas mesmo assim ele segue com seu objetivo que fiquei sem saber qual era até quase o final.
A trama aborda bastante o bulling, tanto no passado como no presente e uma hora acabou me incomodando por que em ambas as épocas nada foi feito para evitar. A humilhação contínua dos mais fracos e as vitórias dos que se achavam no direito de intimidar e desmoralizar os outros eram tão bem escritas que não tinha como não incomodar.
Esperava tanto do Joe como professor que acabei me decepcionando e não simpatizando com o personagem.

Não sei o que esperava do livro, mas não foi uma leitura que surpreendeu. Achei que foi um bom livro apenas, nada que tenha me impressionado ou com aquele desejo de motivar todo mundo à ler.
A estória começa a se desenvolver nas últimas 30 páginas o que foi uma pena pois tinha potencial para causar mais emoção no leitor.
Passei a maior parte da leitura querendo saber o que aconteceu com a Annie e quando revelado não foi surpresa, foi aquilo mesmo.
Em compensação adorei a escrita da autora por que não é descritiva, é rápida e fluida.
Outra coisa que percebi é que Joe é um tipo usado em muitos outros livros que já li: deprimente, mal toma banho, quase não se alimenta e vive de álcool e cigarros.
Não me apeguei à nenhum dos personagens e a trama não trouxe nada de novo para mim.
Enfim, não é um livro ruim apenas ok.

Nota: 3,5 ★

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3 de abril de 2019

Você nasceu para isso - Michelle Sacks


Se perguntarem a sua versão da história, você vai contar a verdade. Ou não?  Sam Hurley, professor, e sua esposa Merry, cenógrafa, trocam os confortos de Nova York por um estilo de vida completamente diferente em uma casinha isolada na Suécia. Apesar do quadro idílico que o casal com um bebê recém-nascido em paisagens de contos de fada representa, problemas com raízes muito profundas ameaçam o relacionamento. Sam, que nunca contou à esposa que na verdade foi demitido da universidade, também mente sobre seu dia a dia na nova cidade. Merry, por sua vez, sempre escuta do marido que nasceu para ser dona de casa, mas não sabe o que fazer com o ódio que alimenta por todas as tarefas cotidianas: a jardinagem sem-fim, a arrumação da casa, o preparo de refeições para a família e os cuidados com um bebê que por ora só parece dar trabalho. O instável equilíbrio da família se perde por completo com a visita da melhor amiga de Merry, a glamourosa Frank. Ela conhece Merry muito bem, conhece sua história, e agora, com a proximidade, é capaz de ver quem Sam realmente é. Mas Frank tem os próprios segredos, e, à medida que sua narrativa se junta à história do casal, fica claro que ela sofre pelos próprios pecados e talvez não seja capaz – ou não queira – salvar ninguém. Você nasceu para isso retrata a escuridão que há no cerne dos relacionamentos mais íntimos. Sem heróis e permeada por uma teia de segredos, obsessão e inveja, é um relato violento de vidas que quase nunca são o que parecem e das partes de nós que não somos capazes de admitir.

RESENHA:
03/04/2019

Merry e Sam levam uma vida perfeita, tão perfeita que você acha que é tudo mentira.

A trama vai contar a estória do casal que se muda de Nova York para a Suécia, a fim de recomeçar a vida num lugar mais calmo e civilizado já que agora eles tem um bebezinho.
Sam herda um chalé num reversa florestal e eles se mudam quando Merry ainda está grávida. Eles reformam todo o lugar que estava abandonado e ali começam a viver uma vida de contos de fadas.
Sam era professor numa universidade e Merry era cenógrafa, agora ele se dedica a produzir comerciais e está correndo atrás de produtores enquanto Merry fica tomando conta da casa e do bebê.
Sam é um marido e um provedor maravilhoso e Merry é uma mãe exemplar e dona de casa perfeita. Será?
Quando a amiga de Merry, Frank, chega para uma visita ela começa a perceber que a vida que sua amiga lhe mostra por e-mails não é tão perfeita assim, afinal elas se conhecem desde criança e ninguém mais conhece Merry como ela.
Frank é uma mulher maravilhosa, executiva de sucesso, solteira e sem filhos. Viaja o mundo todo e tem o tipo de vida que muita gente sonha. Será?
Merry quer mostrar que é melhor que a amiga, que sua vida é perfeita, que ela tem um marido lindo que a ama e um bebê maravilhoso, enquanto isso Frank acha que Merry só está fingindo que ama esse tipo de vida.
Já Frank começa a se encantar pela vida doméstica, pelo lugar e se apaixona completamente pelo bebê da amiga.
Depois que acontece uma tragédia, a estória vai pegar fogo. É cada um por si e aí os segredos começam à ser revelados.

O livro todo é narrado em primeira pessoa por cada um dos personagens como se fosse um diário, não há travessão.
A escrita da Michelle é viciante. Você não consegue abandonar o livro, os capítulos são bem curtinhos e a maneira que ela conta a estória é envolvente.
Os personagens são detestáveis. Apenas. Não há a menor chance de sentir qualquer empatia por qualquer um deles. A amizade entre as duas é doentia e destrutiva. Sam é um machão que acha que lugar de mulher é em casa tendo um filho atrás do outro.
A única coisa que ficou a desejar pra mim foi o finalzinho, achei que faltou alguma coisa.
Recomendo muito esse thriller doméstico e quero ler tudo que essa autora publicar. Começou muito bem para um primeiro livro.

Nota: 4 ★

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12 de março de 2019

O Desaparecimento de Stephanie Mailer - Joël Dicker


Na noite de 30 de Julho de 1994, a pacata vila de Orphea, na costa leste dos Estados Unidos, assiste ao grande espectáculo de abertura do festival de teatro. Mas o presidente da Câmara está atrasado para a cerimónia… Ao mesmo tempo, Samuel Paladin percorre as ruas desertas da vila à procura da mulher, que saiu para correr e não voltou. Só para quando encontra o seu corpo em frente à casa do presidente da Câmara. Dentro da casa, toda a família do presidente está morta.
A investigação é entregue a Jesse Rosenberg e Derek Scott, dois jovens polícias do estado de Nova Iorque. Ambiciosos e tenazes, conseguem cercar o assassino e são condecorados por isso. Vinte anos mais tarde, na cerimônia de despedida de Rosenberg da Polícia, a jornalista Stephanie Mailer confronta-o com uma revelação inesperada: o assassino não é quem eles pensavam, e a jornalista reclama ter informações-chave para encontrar o verdadeiro culpado.
Dias depois, Stephanie desaparece.
Assim começa este thriller colossal, de ritmo vertiginoso, entrelaçando tramas, personagens, surpresas e volte-faces, sacudindo o leitor e impelindo-o, sem possibilidade de parar, até ao inesperado e inesquecível desenlace.
O que aconteceu a Stephanie Mailer?
E o que aconteceu realmente no Verão de 1994?

RESENHA:
12/03/2019

Em 1994 houve um massacre na pequena cidade de Orphea. O prefeito, sua esposa, o filho de apenas 10 anos e uma mulher que corria ali perto foram brutalmente assassinados.
Os detetives em começo de carreira Jesse e Derek foram designados à resolver esse caso e após meses de investigação rigorosa eles encontram o responsável. A dupla de detetives ficou então conhecida como 100% pois resolviam tudo que pegavam.
Vinte anos após esses crimes na despedida de Jesse da polícia, uma repórter de Nova York procura o detetive para dizer que ele não é 100% pois não resolveu um dos seus maiores casos e que ele havia capturado a pessoa errada.
Por motivos que serão explicados durante a estória, Jesse e Derek não trabalham mais juntos mas ele fica com uma pulga atrás da orelha sobre o que a repórter falou e quando ele fica sabendo que ela desapareceu na mesma noite em que conversou com ela, tem certeza de que há algo de errado na estória.

À partir daí o leitor entra numa trama repleta de mentiras, traições, mortes e reviravoltas.
São muitos personagens - cheguei até imprimir uma lista para não me perder - mas não foi necessário. O autor soube com maestria contar a estória de cada um deles, sem confusão, nos poupando dos detalhes desnecessários e indo direto ao que interessava.
Cada um dos personagens tem um espaço particular na trama. Quando começava o capítulo em que o autor contava aquela estória, eu me envolvia tanto na narrativa que a impressão que tinha era que eu estava presente ali no momento.
Apenas um outro autor conseguiu reunir tantas informações e casos diferentes numa única estória e deixá-la tão envolvente, e e esse autor é o Donato Carrisi. Joel Dicker me ganhou completamente com esse livro, quero ler tudo dele.

A trama será contada no passado, desde as mortes e o final da investigação e também no presente à partir do sumiço da Stephanie.
No presente a dupla terá a ajuda da detetive Anna que será fundamental nesse caso.
Interessante que acompanhamos a mesma investigação em dois tempos diferentes, vemos os passos dos detetives, as pistas surgindo e como tudo foi se ligando perfeitamente para chegar naquele culpado. Porém no presente com o surgimento de outras informações e outras mortes, eles não têm mais dúvidas de que cometeram um erro grave, além de terem que descobrir onde Stephanie está.
Todos são suspeitos, todos mentem. Vai ser um dos casos mais difíceis e complexos de se resolver e quanto mais perto eles chegam da verdade, mais pessoas morrem.
Apesar de ter adorado toda a trama investigativa, as estórias paralelas dos personagens me deixaram encantada. Que escrita maravilhosa, que narrativa perfeita, que trama bem construída!
Só tenho elogios para esse livro incrível, INCRÍVEL! Antes da metade eu já tinha favoritado e isso nunca aconteceu antes.
Super recomendo.... demais!!! Leiam, leiam!

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29 de outubro de 2018

A Vida Que Enterramos - Allen Eskens


A única coisa que Joe Talbert deseja é terminar o trabalho da faculdade: entrevistar um estranho e escrever uma breve biografia. Com os prazos se aproximando, o garoto decide ir a um asilo para encontrar o tão desejado objeto de trabalho. Lá ele conhece Carl Iverson e logo a vida de Joe vai ter mudado para sempre.
Veterano da Guerra do Vietnã, desenganado com apenas alguns meses de vida, Carl foi internado na casa de repouso em liberdade condicional devido ao estágio avançado de câncer depois de trinta anos preso pelos crimes de estupro e assassinato. À medida que escreve sobre a vida de Carl, principalmente sobre o período que o homem passou na guerra, Joe começa a ter dificuldade de conciliar o heroísmo do soldado com os desprezíveis atos do criminoso.
Acompanhado de Lila, sua vizinha cética, Joe se lança em uma busca pela verdade, mas lidar com a mãe perigosamente disfuncional, a culpa de deixar o irmão autista sozinho em casa e uma lembrança assustadora vão malograr seus esforços.
Fio por fio, Joe começa a desfazer a intricada tapeçaria do crime de Carl, mas, quanto mais se aproxima das reais circunstâncias do crime, mais nós aparecem. Joe vai conseguir descobrir a verdade ou já é muito tarde para escapar?

RESENHA:
29/10/2018

Assim que vi a premissa desse livro imediatamente o coloquei na lista de desejados. Fiquei super curiosa pela trama que só foi aumentando conforme via as avaliações bem positivas à respeito dele.
À princípio o que mais me chamou a atenção foi a estória do Carl. Queria muito saber qual foi seu crime e como essa estória seria contada e conforme as visitas de Joe iam ficando mais frequentes, mais ele ia se envolvendo na estória do ex detento
Joe quer apenas escrever a biografia de um idoso como trabalho de faculdade, mas depois que conhece Carl o seu interesse pela estória se torna pessoal.
O jovem de apenas 21 anos vai atrás de todas informações possíveis para que a biografia não seja baseada apenas nos relatos do idoso e quanto mais ele conhece da vida de Carl, mais curioso ele fica. Conforme ele vai juntando o fatos, descobrir se o outro é culpado ou não vira uma questão de honra.
Apesar de ser maravilhosamente narrado, o final nem chega a ser tão surpreendente assim mas é a trama no geral que é absolutamente cativante.
A estória nesse livro vai muito além do que apenas a vida de Carl, a começar por Joe, um dos protagonistas mais sensíveis e encantadores que já vi nos livros.
Ele é doce, cuidadoso, amororo e muito responsável. Seu irmão Jeremy de 18 anos é autista e vive apenas com a mãe que é alcoolátra, ausente e negligente.
Sem palavras para descrever como me emocionei lendo as passagens entre os irmãos. Lindo! Emocionante!
Joe é super protetor e isso vai se estender também à sua nova amiga, Lily. Com ela ele vai descobrir a paixão, amizade e parceria.
E não menos importante, teremos outras estórias sendo contadas, como a vida de Crystal - a garota de 14 anos estuprada e assassinada -, sobre a infância de Joe e sobre a amizade de Carl e um companheiro de guerra.
O livro é lindo, lindo! A narrativa é deliciosa, viciante e bem escrita.
Já faz muito tempo que derramei lágrimas ao terminar um livro, isso é difícil acontecer comigo, mas A Vida que enterramos me emocionou demais!
Com menos de 300 páginas o autor criou um enredo envolvente, objetivo e sem criar situações desnecessárias para dar volume.

Se você gosta de um thriller que não seja pesado demais nas descrições, com drama, uma pitada de romance e aventura, eu recomedo que você leia esse livro.
Se leu, deixe seu comentário :-)

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