1 de setembro de 2017

Confissões - Kanae Minato



Seus alunos mataram sua filha. Agora ela quer se vingar.
O mundo da professora Yuko Moriguchi girava em torno da pequena Manami, uma garotinha de 4 anos apaixonada por coelhinhos. Agora, após um terrível acontecimento que tirou a vida de sua filha, Moriguchi decide pedir demissão.
Antes, porém, ela tem uma última lição para seus pupilos. A professora revela que sua filha não foi vítima de um acidente, como se pensava: dois alunos são os culpados. Sua aula derradeira irá desencadear uma trama diabólica de vingança. Narrado em vozes alternadas e com reviravoltas inesperadas, Confissões explora os limites da punição, misturando suspense, drama, desespero e violência de forma honesta e brutal, culminando num confronto angustiante entre professora e aluno que irá colocar os ocupantes de uma escola inteira em perigo.
Com uma escrita direta, elegante e assustadora, Kanae Minato mostra por que é considerada a rainha dos thrillers no Japão.
Você nunca mais vai olhar para uma sala de aula da mesma maneira.
RESENHA:
01/09/2017

Fiquei surpresa com esse livro! Pensei que a estória seria bem interessante, mas não imaginava o quanto!
É bem difícil falar dele além do que já consta na sinopse que é perfeita, mas vou tentar passar minhas impressões.

O livro vai relatar confissões de 5 personagens, todos em primeira pessoa.
Começa com a professora Moriguchi que pára a aula para contar algumas estórias para seus alunos. Entre elas, casos de adolescentes criminosos que saem impunes por que a lei os protege e quando atingem a maioridade voltam ao convívio social como se nada tivesse acontecido.
Quando enfim ela começa narrar os acontecimentos que envolvem a morte de sua filha, ela têm a atenção total da classe que mesmo após o sinal de saída ainda continuam absortos no relato.
Sem citar nomes, ela conta como descobriu que a morte da pequena Manani não foi acidente e como chegou até os culpados.
Finalizada a conversa, ela fala da sua vingança e aí encerra sua narrativa.
As próximas 4 pessoas irão narrar o mesmo acontecimento, mas sob pontos de vista diferentes e às vezes algumas situações irão se repetir.
Apesar de não haver desculpas para o que fizeram, através das narrativas iremos conhecê-los, acompanhar seus passos antes e depois do crime e o quê os levaram à isso.

O livro aborda temas como abandono, bulling, convívio social e familiar e questiona a lei nesses casos.
Eu simplesmente adorei a escrita da autora. Ela conseguiu em poucas páginas contar uma estória incrível e que prendesse a atenção do leitor sem perder o ritmo. 
Ganhou pontos extras comigo somente por não se ater à detalhes descritivos que enchem linguiça. Não suporto livros que contêm mais de 300 páginas mas que poderia ser contada em 200 se não fosse o excesso de informação inútil.

E o final? Gente, o que é esse final?
De tudo que imaginei, mil suposições e teorias, nada chega perto da narrativa derradeira. Foi perfeita!
Eu super recomendo esse livro! Fechei o mês muito satisfeita com a minha escolha.



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29 de agosto de 2017

Entre quatro paredes - B. A. Paris



Entre quatro paredes - B. A. Paris

Um thriller sobre um sonho que torna-se pesadelo.

 Grace é a esposa perfeita.Ela abriu mão do emprego para se dedicar ao marido e à casa. Agora prepara jantares maravilhosos, cuida do jardim, costura e pinta quadros fantásticos. Grace mal tem tempo de sentir falta de sua antiga vida.
Ela é casada com Jack, o marido perfeito.Ele é um advogado especializado em casos de mulheres vítimas de violência e nunca perdeu um a ação no tribunal. Rico, charmoso e bonito, todos se perguntavam por que havia demorado tanto a se casar.
Os dois formam um casal perfeito. Eles estão sempre juntos. Grace não comparece a um almoço sem que Jack a acompanhe. Também não tem celular, que ela diz ser uma perda de tempo. E seu e-mail é compartilhado com Jack, afinal, os dois não guardam segredos um do outro.
Parece ser o casamento perfeito. Mas por que Grace não abre a porta quando a campainha toca e não atende o telefone de casa? E por que há grades na janela do seu quarto?
Às vezes o casamento perfeito é a mentira perfeita.
 

RESENHA:
29/08/2017

Entre quatro paredes é um suspense psicológico de tirar o fôlego. Fazia tempo que eu não lia um livro em tempo record como foi o caso desse, que li em apenas 1 dia.
Esse livro é sobre a vida de um casal aparentemente perfeito.
Ela é a esposa impecável, dedicada, prendada... Ele é lindo, bem sucedido e extremamente romântico!
Só que não.
Aos olhos dos amigos que frequentam a casa, eles são o exemplo de casal perfeito mas assim que as portas se fecham a realidade é bem diferente.
Por ser tratar de um thriller psicológico, não posso falar sobre a estória. Se eu falar o que acontece e por que acontece, aí o livro perde a graça. O interessante aqui é você ir descobrindo a cada página o que se passa quando estão sozinhos.
Já adianto que se você tem interesse no livro, evite resenhas longas por que pode conter informações que vão tirar a surpresa da leitura.
A narrativa é deliciosa, fluida e rápida. Quando você percebe já leu metade do livro em pouco tempo, a autora acertou em fazê-lo em poucas páginas (260) assim o livro não fica cansativo e repetitivo.
Também gostei do final. Acompanhando a leitura e o comportamento dos personagens, achei que foi perfeito.
Não vou me estender mais por que quero que você também fique sabendo da trama enquanto lê, sem saber de antemão o que acontece ali, entre quatro paredes.

Nota: 5 ★ 


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24 de agosto de 2017

Mr. Mercedes - Stephen King - Bill Hodges # 1


Nas frigidas madrugadas, em uma angustiante cidade do Centro-Oeste, centenas de pessoas desempregadas estão na fila para uma vaga numa feira de empregos. Sem qualquer aviso um motorista solitário irrompe no meio da multidão em um Mercedes roubado, atropelando os inocentes, dando ré e voltando a atropelá-los. Oito pessoas são mortas, quinze feridos.
Em outra parte da cidade, meses mais tarde, um policial aposentado chamado Bill Hodges é ainda assombrado por um crime sem solução. Quando ele recebe uma carta enlouquecida de alguém que se auto-identifica como privilegiado e ameaça um ataque ainda mais diabólico, Hodges acorda de sua deprimente e vaga aposentadoria, empenhado em evitar outra tragédia.
Brady Hartfield vive com sua mãe alcoólatra na casa onde ele nasceu. Ele adorou a sensação de morte sob as rodas da Mercedes, e ele quer aquela corrida de novo. Apenas Bill Hodges, com um par de aliados altamente improváveis, pode prender o assassino antes que ele ataque novamente. E eles não têm tempo a perder, porque na próxima missão de Brady, se for bem sucedido, vai matar ou mutilar milhares.
Mr. Mercedes é uma guerra entre o bem e o mau, do mestre do suspense, cuja visão sobre a mente deste obcecado assassino insano é arrepiante e inesquecível.
RESENHA:
24/08/2017

Não sou leitora assídua de Stephen King, apesar de já ter assistido várias adaptações dele e lido um conto e outro, mas como não sou fã de terror sempre fui deixando os livros dele em segundo plano.
Mr. Mercedes é o primeiro livro da trilogia Bill Hodges, que é o protagonista, e o que me fez interessar pela estória foi o gênero ser thriller policial, que é um dos meus gêneros favoritos e o fato do livro virar série de TV me fez adiantá-lo.
O produtor da série é o mesmo de Big Little Lies (Pequenas Grandes Mentiras) que foi distribuída em 7 episódios pela HBO.

Bill Hodges é um policial recém aposentado que passa os dias comendo em frente à TV sem nenhuma perspectiva de vida. Apesar de ter construído uma excelente carreira na polícia, sua maior frustração foi não ter pego o Assassino da Mercedes, nome dado ao maníaco que atropelou e matou várias pessoas numa fila de emprego e deixou dezenas de outros feridos.
Até que um dia o assassino envia uma carta à ele, se gabando do seu sucesso em ter escapado ileso e provocando-o com o intuito de levar o ex policial ao suicídio. Assim, ele envia um nome de usuário e senha em um site de troca de mensagens para o caso de Bill querer entrar em contato com ele.
O que o assassino não contava era que ele estava dando um novo sentido aos dias monótonos do aposentado e uma chance de enfim capturá-lo.
Bill começa uma troca de mensagens provocativas com o assassino com o intuito de fazê-lo cometer erros que o levassem à entregar sua verdadeira identidade.
Claro que o ex detetive fará isso em segredo e por conta própria, sem ajuda da polícia, mas ele vai contar com ajuda de outras pessoas, como Jeremy, seu faz tudo de 17 anos.

A narrativa muda do ponto de vista de Bill Hodges para a narrativa do assassino, que o autor já nos apresenta de antemão, então sua identidade não será nenhum segredo para o leitor.
Eu gostei por que acompanhamos os passos dele e vamos conhecendo sua estória de vida que mostra o seu comportamento perturbado desde ainda bem menino.
O autor já nos antecede os passos do assassino mas esconde os detalhes de como ele irá realizar aquilo.
O começo foi bem descritivo com uma narrativa um pouco parada, mas após algumas páginas ele desenvolve um ritmo acelerado e você não consegue largar o livro.
As mortes narradas são extremamente bem escritas, você visualiza a cena! O nível de loucura e maldade do assassino é palpável, como se ele fosse real mesmo.

Eu só não dei 5 estrelas por que na minha opinião achei que o ex detetive não teve muitas dificuldades para conseguir pistas e chegar até o assassino, coisas que enquanto ele foi da polícia pareciam impossíveis de serem encontradas. Foram meio que caindo no colo dele e com ajuda de pessoas sem nenhuma experiência em investigação e o final também faltou um "algo" que eu esperei e não veio (talvez esteja na continuação da série). 
Posso ter criado expectativas demais, pensei muito em como ele resolveria aquele momento do ápice final e achei bem morno em relação ao ritmo eletrizante que vinha tomando conta da estória. Mas isso é minha impressão ;-)
Ainda sim é um ótimo livro, tem pegadas de humor, uma pitada de romance e deixa um gancho para a continuação da série. 
Então sim, eu recomendo a leitura para os fãs de thrillers policiais.

Nota: 4, 5 ★

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18 de agosto de 2017

Um Beijo Inesquecível - Julia Quinn - Os Bridgertons 7


Toda a alta sociedade concorda que não existe ninguém parecido com Hyacinth Bridgerton. Cruelmente inteligente e inesperadamente franca, ela já está em sua quarta temporada na vida social da elite, mas não consegue se impressionar com nenhum pretendente.
Num recital, Hyacinth conhece o belo e atraente Gareth St. Clair, neto de sua amiga Lady Danbury. Para sua surpresa, apesar da fama de libertino, ele é capaz de manter uma conversa adequada com ela e, às vezes, até deixá-la sem fala e com um frio na barriga.
Porém Hyacinth resiste à sedução do famoso conquistador. Para ela, cada palavra pronunciada por Gareth é um desafio que deve ser respondido à altura. Por isso, quando ele aparece na casa de Lady Danbury com um misterioso diário da avó italiana, ela resolve traduzir o texto, que pode conter segredos decisivos para o futuro dele.
Nessa tarefa, primeiro os dois se veem debatendo traduções, depois trocando confidências, até, por fim, quebrarem as regras sociais. E, ao passar o tempo juntos, eles vão descobrir que as respostas que buscam se encontram um no outro... e que não há nada de tão simples e de tão complicado quanto um beijo.

RESENHA:
18/08/2017

Hyacinth é a mais nova da família Bridgerton e a mais espevitada também. Ela não tem papas na língua e fala o que pensa, além de ser muito inteligente e astuta. Isso faz com que afaste os possíveis pretendentes, para desespero da família e principalmente de Anthony, o irmão mais velho.
Ela já está em sua quarta temporada e nenhum pretendente à vista, até que Lady Danbury resolve armar das suas.
Gareth é neto de Lady Danbury e é a mais próxima que ele tem de uma família, já que toda sociedade sabe das diferenças entre ele e seu pai, que não esconde o ódio do filho.
Quando a cunhada de Gareth entrega à ele o diário de sua avó paterna, ele precisa de alguém que o traduza pois está escrito em italiano.
Hyacinth lê para Lady Danbury todas as terças feiras, um capítulo por semana, e num desses dias Gareth chega procurando ajuda da avó com diário. 
Hyacinth se oferece para traduzir, mas como não domina o idioma, vai precisar de alguns dias (ou semanas) para concluí-lo.
Esses encontros para falar do diário acaba aproximando-os e à princípio vai nascer uma amizade entre eles. 
Só que Hyacinth é diferente de todas as mulheres que Gareth já conheceu. Sua determinação, inteligência e teimosia vai levá-lo à loucura, ao mesmo tempo que ele vai desejar ficar cada vez mais ao lado dela. Ao mesmo tempo, Hyacinth vai custar a admitir que Gareth tem tudo para ser o marido perfeito.
O casal ainda conta com a ajuda nada discreta de Lady D e de Violet, que incentiva a amizade da filha com o rapaz.

O livro é muito divertido, tem muitas cenas hilárias e eles são perfeitos um para o outro. 
Tem muita aventura e uma caça ao tesouro, o que deixou o livro leve, sem grandes dramas, mas também deixou as cenas românticas meio que em segundo plano.
Eu só não gostei muito do final. Achei corrido e a maneira como a autora finalizou o mais esperado por mim, foi insatisfatório. A maneira como ele lidou com o pai depois de tantas humilhações, também foi fraca. São aqueles momentos únicos que você espera o livro todo para serem resolvidos e aí na hora foi tipo: Só isso?
Mas enfim, o livro é ótimo, eu recomendo sim a leitura dele e a trama foi bem condizente com o tipo de personagem que a Hyacinth representava desde o começo. 
Ela merecia um amor e aventuras ;-)

Nota: 4,5 

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10 de agosto de 2017

A Esposa Perfeita - Karin Slaughter - Will Trent #8


Maridos e esposas. Mães e filhas. Passado e futuro.
Segredos os unem. E segredos podem destruí-los.

Com a descoberta de um corpo de um ex-policial em um canteiro de obras, o detetive Will Trent é chamado para resolver um caso muito perigoso. Ao analisar o cadáver, Sara Linton – nova investigadora forense e amante de Will – nota que parte do sangue do presente na cena do crime é de outra pessoa. Há uma outra vítima: uma mulher, que desapareceu... E que vai morrer se não for encontrada logo.
Para piorar, o terreno pertence a um atleta rico, poderoso, com amigos no Congresso e um dos advogados mais inescrupulosos que existem. Um homem que já escapou de acusações de estupro, apesar dos esforços de Will para colocá-lo na cadeia.
Mas o pior ainda está por vir. Evidências conectam o passado turbulento de Will com o crime... E as consequências vão despedaçar sua vida, colocando Will em conflito com todos ao seu redor, incluindo seus colegas de trabalho, sua família, seus amigos e, acima de tudo, o suspeito que ele tanta procura: sua ex-mulher.

RESENHA:
10/09/2017

Assim que terminei esse livro já desejei que algum produtor de cinema levasse essa estória para as telas. É realmente muito bom!

O livro começa tenso: Uma cena de crime, uma pessoa gravemente ferida, uma outra tentando ajudá-la e uma terceira querendo acabar o serviço.
Apenas duas delas nos é apresentada e a outra só saberemos lá pela metade do livro.
Assim que um policial é encontrado morto numa construção abandonada, o local se enche de investigadores, polícia técnica e legista. Eles vão avaliar todo o cenário, recolher provas, amostras e tentar "ler" a cena do crime, para saber o que aconteceu ali. Sabem-se que o sangue encontrado em excesso no local não é o do policial morto. E à princípio eles pensam que só existem dois personagens naquela cena.
Quando o detetive Will Trent sai em busca da vítima ferida, acaba encontrando outra à beira da morte. Ela é levada ao hospital mas ninguém sabe sua identidade, terão que interrogá-la assim que sair da cirurgia... se sair.
Enquanto a equipe corre contra o tempo, pois a pessoa que sangrou daquela maneira tem apenas 3 horas de vida no máximo se não obtiver ajuda, eles vão recolhendo informações e acabam se surpreendendo com os fatos descobertos. Tudo acaba ligando com o famoso jogador de basquete Marcus Rippy.

Marcus já foi acusado de estrupo e se livrou graças aos seus advogados e sua poderosa posição social. Quem cuidou dessa investigação foi o próprio Will, que ainda não aceitou essa derrota.
À partir da metade do livro, vamos ver a estória pelo outro lado. A narrativa vai ser pelo ponto de vista da pessoa presente na cena do crime e ela nos será contada desde uma semana antes.
A narrativa - em terceira pessoa - vai desenrolar todos os fatos como tudo começou até chegar no dia do crime.
Muitas situações o leitor conhecerá antes dos investigadores, pois a autora não guarda tudo pro final e então acompanharemos os momentos em que os detetives irão irão ligar os pontos e chegar à conclusão.

A forma que a autora escreve, a narrativa ágil e ao mesmo tempo bem esclarecedora como termos técnicos, combinação de DNA, tipagem do sangue, são importantes para que o leitor acompanhe a estória sem se perder nos detalhes. Ao mesmo tempo em que ela não deixa a trama ficar cansativa ou monótona.
É um livro recheado de ação e um certo suspense. Envolve famílias, passado e presente e o final é excelente assim como toda a estória.

A Esposa Perfeita é o oitavo livro da série Will Trent que não foi lançada em ordem e nem pela mesma editora. Essa edição é da Editora HarperCollins Brasil e a Editora Record acaba de lançar nesse mês de agosto o terceiro livro, chamado Gênese.
Enfim, você não precisa ler na ordem pois as estórias são independentes. A menos que você faça questão de saber a estória de vida do detetive, aí recomendo começar pelo primeiro livro.

Se Karin Slaughter me ganhou com Flores Partidas, esse livro só veio confirmar que a autora virou uma das minhas queridinhas e sim, vou começar a série Will Trent definitivamente.

Nota: 5 ★ ♥

Adquira o livro Aqui


----- Série Will Trent -----

Tríptico (Will Trent #1)
Fissura (Will Trent #2)
Gênese (Will Trent #3)
Destroçados (Will Trent #4)
Fallen (Will Trent #5) - Sem publicação no Brasil -
Snatched (Will Trent #5.5) - Sem publicação no Brasil -
Criminal (Will Trent #6) - Sem publicação no Brasil -
Unseen (Will Trent #7) - Sem publicação no Brasil -
Esposa Perfeita (Will Trent #8)
Ouro Sujo (Will Trent #8.5)
A Última Viúva (Will Trent #9)
A Esposa Perfeita (will Trent #10)


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31 de julho de 2017

A Dama Oculta - Ethel Lina White


Livro que deu origem ao clássico homônimo de Alfred Hitchcock, A dama oculta é por si só uma obra envolvente e extraordinária. Sua força está na maestria com que Ethel Lina White constrói atmosferas sinistras e perturbadoras, que pairam até mesmo sobre as cenas aparentemente mais corriqueiras.
Iris Carr é uma jovem e bela socialite que retorna para a Inglaterra após um período de férias no continente europeu. Sentindo-se só e intimidada durante a viagem de trem, ela encontra conforto na companhia de uma estranha que conhece apenas como “Srta. Froy”.

O conforto logo se transforma em pânico quando a Srta. Froy some sem deixar vestígios. Questionando a própria sanidade e desconfiando das reais intenções das pessoas a sua volta, Iris tenta desesperadamente desvendar o súbito desaparecimento de sua companheira de viagem – uma mulher que ninguém mais se lembra de ter visto!
Não é difícil perceber por que Hitchcock adotou este clássico e se viu compelido a imprimir-lhe, em 1938, sua marca cinematográfica.

RESENHA:
31/07/2017

A Dama Oculta foi uma agradável surpresa. Não conhecia nem o livro, nem o filme e quando li a sinopse por acaso, me interessei e de imediato comecei a leitura.
A estória tem uma trama sufocante e que desperta aquela ansiedade característica de thrillers psicológicos.

A estória é sobre Iris Carr, uma jovem órfã que tem como única preocupação na vida escolher o próximo destino de viagem.
Ela é uma moça descompromissada com a vida e com as pessoas em geral. Vive acompanhada de seu grupinho de amigos mas nessa última viagem em algum lugar remoto da Europa, ela resolve se separar deles devido à um desentendimento.
Enquanto ela aproveita a solidão de seu último dia no hotel, os outros hóspedes mais conservadores comemoram a saída do grupo barulhento.
Para Íris, embarcar no trem um dia antes que o resto dos hóspedes é mais satisfatório, já que ela não desenvolveu nenhuma afinidade com eles.

Após alguns contratempos Iris enfim consegue embarcar de volta pra casa, porém sua tranquilidade será breve.
No trem ela conhece uma senhora de meia idade chamada Srta. Froy, a qual ela desenvolve uma grande simpatia. Aparentemente a srta. Froy é a única que tem interesse em falar com ela, e por saber falar várias línguas, acaba ajudando Iris em algumas situações.
Porém, após acordar de um cochilo ela nota a ausência da senhora e após uma busca rápida, percebe que a Srta. Froy sumiu.
Iris começa a perguntar pela nova amiga e fica extremamente preocupada quando todos afirmam nunca ter visto essa senhora.
Os passageiros começam achar que ela é louca e em algum momento até ela começará a acreditar que está delirando. 
Iris contará apenas consigo mesma para resolver esse mistério e não poderá confiar em nenhum passageiro.
Quem é a srta. Froy, como ela sumiu e porquê? Que interesse alguém teria em seu desaparecimento e porque os outros passageiros afirmam nunca ter visto essa senhora?

Capítulos curtos e uma narrativa frenética, farão o leitor viajar na trama que terá um trem como cenário principal.
Me lembrou algumas tramas de Agatha christie apesar da escrita ser diferente.
A estória é tão contagiante que nem os diálogos entre aspas me incomodaram, aliás demorei muito pra perceber.
Eu recomendo essa leitura para os amantes do gênero. Garanto que será uma ótima distração em poucas páginas.

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26 de julho de 2017

A Casa do Lago - Kate Morton


A asa da família Edevane está pronta para a aguardada festa do solstício de 1933. Alice, uma jovem e promissora escritora, tem ainda mais motivos para comemorar: ela não só criou um desfecho surpreendente para seu primeiro livro como está secretamente apaixonada. Porém, à meia-noite, enquanto os fogos de artifício iluminam o céu, os Edevanes sofrem uma perda devastadora que os leva a deixar a mansão para sempre.

Setenta anos depois, após um caso problemático, a detetive Sadie Sparrow é obrigada a tirar uma licença e se retira para o chalé do avô na Cornualha. Certo dia, ela se depara com uma casa abandonada rodeada por um bosque e descobre a história de um bebê que desapareceu sem deixar rastros.

A investigação fará com que seu caminho se encontre com o de uma famosa escritora policial. Já uma senhora, Alice Edevane trama a vida de forma tão perfeita quanto seus livros, até que a detetive surge para fazer perguntas sobre o seu passado, procurando desencavar uma complexa rede de segredos de que Alice sempre tentou fugir.

Em A Casa do Lago, Kate Morton guia o leitor pelos meandros da memória e da dissimulação, não o deixando entrever nem por um momento o desenlace desta história encantadora e melancólica.


RESENHA:
26/07/2017

Reescrevi inúmeras vezes o início dessa resenha pois não sabia como começá-la mas já posso adiantar que esse livro é incrível! São várias estórias dentro dessa estória, alternando passado e presente de personagens diferentes e por isso é tão difícil falar sobre ele.
A narrativa também não segue em ordem cronológica. Os tempos e situações vão se alternando conforme a autora acha necessário naquele momento. Portanto, se você resolver ler, pegue com tempo e disposição por que tem muita narrativa, muitas informações e detalhes que talvez se percam se você abandonar a leitura.
Narrativa aliás que a princípio me cansou. Talvez eu não estava nos melhores dias e quase deixei-o de lado e peguei outro livro, mas ainda bem que não fiz isso. É uma estória que vale muito a pena ser lida, ser conhecida.

Tudo começa na festa do solstício de 1933 na casa do lago da família Edevane. Uma família aparentemente perfeita e feliz mas que foi totalmente desestruturada devido à um acontecimento terrível naquela noite, um acontecimento que não teve nenhuma solução. Devido à falta de pistas e suspeitos, a polícia deu o caso por encerrado.

30 anos depois, a detetive Sadie Sparrow que foi forçada à tirar licença do trabalho, decide passar esse tempo na Cornualha junto do seu avô e numa de suas corridas matinais ela encontra a casa do lago totalmente abandonada, como se os moradores houvessem saído as pressas. Após algumas inspeções a propriedade logo desperta sua curiosidade e assim que ela fica sabendo da estória do lugar, seu lado investigativo fala mais alto.

Aí teremos as narrativas de Sadie e de Alice Edevane no passado e no presente, agora como uma famosa autora de livros policiais.
Acontece que não ficaremos por dentro da estória imediatamente. A autora vai ainda narrar a infância de Sadie e seus problemas, tantos pessoais como no trabalho. Ao longo da estória ela vai mostrando a vida dos personagens em partes, ora no presente, ora no passado.
Ficaremos conhecendo a vida de outros deles, como a estória dos pais - especialmente a mãe -, a avó e outros.
As narrativas são recheadas de memórias dos personagens que o leitor pode não entender naquele momento ou então tirar conclusões erradas.
Também ficaremos conhecendo a estória real pela narrativa do personagem no passado, mas a detetive e os outros não terão como saber senão através de uma pesquisa e investigação profunda. Por isso fiquei ainda mais ansiosa e curiosa de como a autora iria resolver isso. 
Alguns fatos serão de conhecimento apenas do leitor. Os personagens atuais não terão como saber, já que se passaram 70 anos, eles só poderão supôr.

É uma estória muito, muito bem escrita. Não há furos, não há sequer uma ponta que não tenha sido amarrada com muito cuidado.
É suspense, é romance, é drama. Uma estória linda e triste e ao mesmo tempo, com a primeira e segunda guerra mundial como pano de fundo.
A autora irá revelar tudo aos poucos, cada coisa ao seu tempo, confundindo e aumentando cada vez mais a curiosidade do leitor. 
O final é realmente inesperado, foi uma enorme surpresa.
Eu não conhecia a autora mas agora fiquei bem interessada em outros livros dela. 
Super recomendo esse livro!

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